Presidentes dos dois principais partidos da oposição, Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB) governam duas das principais cidades pernambucanas e representam uma nova geração de políticos que ascenderam no estado a partir de 2010, ela como deputada estadual, ele como deputado federal.
Dois dos principais nomes da oposição, Anderson e Raquel poderão estabelecer um diálogo no sentido de formar uma chapa competitiva para 2022 sem necessariamente definir a posição de cada um, podendo ter Anderson para o governo e Raquel para o Senado ou inverter a posição da chapa, através da realização de pesquisas qualitativas que devem apontar a melhor estratégia a ser adotada para fazer um forte contraponto ao PSB e talvez chegar a vitória em 2022.
Os gestores têm adotado uma postura discreta sobre 2022, sem açodamentos nem precipitações, procurando fazer o dever de casa, que é governar suas respectivas cidades, demonstrando maturidade e deixando para o momento certo a decisão sobre a disputa do próximo ano.
Interlocutores de Anderson e Raquel têm defendido esta convergência para que a oposição possa representar um palanque plural e que dialogue com diversos atores, inclusive os presidenciáveis de diversos partidos no âmbito nacional.
Na avaliação de um oposicionista em reserva, este entendimento, que tem sido costurado por diversos atores, poderá não só gerar um fato novo, como representar uma unidade efetiva da oposição até no sentido de atrair quadros que hoje estão no guarda-chuva da Frente Popular a medida que a aliança renda um projeto que encante os pernambucanos em busca de uma mudança.
Trunfo – Um dos trunfos de Anderson Ferreira para compor a chapa majoritária é o fato de ter o know-how de montagem de chapas proporcionais. O grupo do prefeito elegeu cinco deputados estaduais em 2018 e tem uma chapa competitiva para federal que conta com um puxador de votos, André Ferreira e o deputado federal Fernando Rodolfo que deverá ampliar sua votação em 2022, ajudando na atração de outros deputados federais para o PL.
Voando mais que avião – Dizem que o coração do prefeito de Bonito, Gustavo Adolfo (PSB), voa mais que avião, tendo trocado duas vezes de deputado federal em pouco tempo. O gestor não sabe o que quer, antes votava em Gonzaga Patriota, depois mudou para Felipe Carreras e agora votará em Clodoaldo Magalhães para deputado federal.
Lacuna – A morte de Joaquim Francisco deixou uma grande lacuna na política pernambucana. Prefeito do Recife por duas vezes, Joaquim foi governador de Pernambuco, ministro e deputado federal, construindo uma brilhante trajetória em Pernambuco sem nenhuma mácula que viesse a desabonar sua conduta.
Causos – Além de um grande político, Joaquim Francisco era afeito a contar causos sobre política e outros temas. Com um humor refinado, o matuto de Macaparana, como autointitulava-se, marcou época e fez muitos amigos na política e na vida.
Inocente quer saber – A política pernambucana ainda produz políticos do quilate de Joaquim Francisco?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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