O anúncio da filiação ao DEM do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, movimentou, ontem, o debate sucessório no bloco oposicionista e também no lado governista. Aliados do petrolinense e pré-candidatos ao Palácio como ele, os gestores Anderson Ferreira (Jaboatão dos Guararapes) e Raquel Lyra (Caruaru) já marcaram um encontro na Capital do Forró, amanhã, para avaliar como fica o cenário após o fato político noticiado nessa quarta-feira.
Apresentado com toda pompa e circunstância pelos presidentes nacional e estadual do partido, ACM Neto e Mendonça Filho, respectivamente, o filho do senador Fernando Bezerra Coelho só não será candidato a governador se o pai fechar a volta do grupo à Frente Popular. Nesse cenário, que enfrenta enorme resistência entre os governistas, sobretudo do PSB e do PT, o próprio FBC concorreria à reeleição na chapa encabeçada por um nome dos socialistas, com um petista na vice.
Como a rejeição ao grupo dos Coelhos é muito grande dentro Frente Popular, em decorrência da proximidade do clã com o presidente Jair Bolsonaro, o ingresso de Miguel no DEM pode ser lido como um ultimato aos líderes governistas. Por isso, o movimento também mexe na formação do palanque da situação. Não há como negar que o ingresso de Miguel no DEM praticamente sela sua candidatura ao Palácio do Campo das Princesas no ano que vem.
Diante da ofensiva do prefeito de Petrolina, que parece não querer esperar muito o processo natural do jogo político, cabe, agora, a Anderson e a Raquel darem uma resposta, antes que o petrolinense ganhe corpo e se consolide como a principal força do bloco para governador, forçando seus dois concorrentes internos a apoiá-lo na sua empreitada. O tempo corre e Miguel não está de brincadeira.
CANDIDATÍSSIMO – Alheio à disputa interna da oposição, o presidente do DEM em Pernambuco, Mendonça Filho, que vai tentar voltar a ser deputado federal no ano que vem, já dá como certa a candidatura do prefeito de Petrolina a governador. “Miguel Coelho é um político e gestor jovem, talentoso e vem somar aos quadros do Democratas. É uma excelente opção para liderar um projeto de mudança em Pernambuco e tirar o estado da estagnação econômica e do domínio das forças do PSB e do PT”, afirmou.
CANDIDATÍSSIMO 2 – O próprio Miguel Coelho, apesar de o pai ainda negociar com a Frente Popular, também já fala como o candidato a governador da oposição. “Estou à disposição do partido para contribuir para o regaste do protagonismo do Estado e para a construção de um novo tempo para Pernambuco. Há um sentimento de fadiga com as forças políticas que governam o Estado e um claro desejo de renovação”, destacou o prefeito de Petrolina, que foi à Brasília tirar a foto com os presidentes nacional e estadual do DEM, ACM Neto e Mendonça Filho, respectivamente.
CANDIDATÍSSIMO 3 – Sem combinar com os aliados Raquel Lyra (Caruaru) e Anderson Ferreira (Jaboatão dos Guararapes), prefeitos que, assim como ele, são pré-candidatos ao governo, Miguel Coelho já se coloca como o nome de unidade entre as forças oposicionistas. O release enviado à Imprensa diz que o prefeito de Petrolina “defende a unidade das forças de oposição, através do diálogo e da convergência de ideias, para apresentar um projeto de mudança, que inspire e devolva a esperança ao povo de Pernambuco”.
CANDIDATÍSSIMO 4 – Depois de praticamente cravar a candidatura de Miguel Coelho a governador pelo DEM, o presidente do partido em Pernambuco, Mendonça Filho, contemporizou. “Defendo a unidade e entendo que o momento agora é de colocação de pré-candidaturas para o debate aberto com a sociedade”, pontuou. Mas o que acham disso outras forças da oposição, como, por exemplo, o ex-senador Armando Monteiro Neto e o deputado federal e presidente do Cidadania, Daniel Coelho, que já anunciaram apoio à prefeita de Caruaru, Raquel Lyra?
O povo quer saber: Anderson Ferreira e Raquel Lyra topam abrir mão de disputar o governo para apoiar Miguel Coelho?
Fonte: FalaPE.
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