quinta-feira, 1 de abril de 2021

'Ministério precisa chegar mais junto e ajudar', afirma Paulo Câmara

 

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Em entrevista à Manhã na Clube nesta quinta-feira, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que ainda falta financiamento federal para os estados no combate à pandemia e que o Ministério da Saúde precisa dar mais apoio aos governadores.


O governador comentou que os recursos para o combate à Covid-19, em sua maioria, vêm dos cofres do estado. “Nós não temos aporte adicional para saúde (...) fazemos todo esse esforço com recursos do estado, sem ajuda do governo federal”, ressaltou. Segundo Paulo, muitos estados não têm condições de abrir novos leitos sem o apoio federal, igual a Pernambuco, que abriu recentemente mais de 500 leitos de UTI sem recursos federais. “O ministério precisa chegar mais junto e ajudar”, destacou o governador.


De acordo com o chefe do executivo estadual, o foco maior do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, deveria ser garantir as vacinas e organizar melhor o planejamento de imunização, visto o atraso do Brasil, comparado com outros países. “Perdemos muito tempo, poderíamos estar vacinando desde dezembro. Não adquirimos as vacinas Pfizer antes porque não quisemos, a verdade é essa, o governo relaxou”, afirmou.


Como consequência desse atraso, o Brasil agora avança em pequenos passos na imunização da população. Queiroga assumiu o ministério da saúde há menos de duas semanas com a meta de vacinar um milhão de pessoas por dia no mês de abril.  Entretanto, o ministro anunciou ontem que a previsão de abril é distribuir 25,5 milhões de vacinas pelo país em abril, quase metade da quantidade prevista anteriormente, que era 47,3 milhões de doses. “Já estamos preocupados com abril, que pode ser que tenha menos vacina do que março, o planejamento precisa ter previsibilidade”, comentou Paulo Câmara.


Além de vacinas e recursos financeiros, os estados também precisam de um apoio do governo federal às medidas restritivas tomadas pelos governadores, de acordo com Câmara. “Sempre que o estado ou o município decreta medidas restritivas é porque o gestor sabe que a situação exige isso, e é preciso apoio. Não dá pra ficar com o governador dizendo uma coisa, o ministro outra e o presidente dizendo algo pior ainda”, afirmou. 


Segundo Paulo, muitas mortes poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse tomado medidas mais restritivas no decorrer da pandemia e este não é o momento para relaxar perante ao vírus. “Ou nos unimos de maneira muito firme, ou não vamos ter o resultado que o Brasil precisa”, concluiu o governador.


Ministério da Sáude


Marcelo Queiroga assumiu o Ministério da saúde no dia 23 de março, sendo o quarto nome a encabeçar a pasta no governo Bolsonaro. O primeiro ministro da saúde, Luiz Mandetta, foi substituído por Nelson Teich, que foi substituído por Eduardo Pazuello e agora Queiroga assume o Ministério.


Por seguir uma linha parecida com a administração de Mandetta e defender o uso de máscaras, Queiroga não foi muito bem recebido pelos apoiadores de Bolsonaro, recebendo várias críticas online.

Fonte:Por: Ananda Barcellos

Diário de PE.

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