Protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorrem neste sábado (2) em diversas cidades brasileiras.
Em São Paulo, manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). No local, há a presença de carros de som. A via foi bloqueada para veículos pouco depois das 13h (horário de Brasília).
Lideranças políticas e artistas devem comparecer ao ato na Avenida Paulista. A abertura da manifestação foi feita por líderes de diversas religiões.
Candidato à presidência pelo PT em 2018, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, assim como o presidenciável e ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro Luiz Henrique Mandetta (DEM), confirmaram presença na Paulista. Também provável candidato em 2022, Ciro Gomes (PDT) anunciou que estará no ato em São Paulo – ele já discursou na manifestação no Rio de Janeiro.
O governador de São Paulo, João Doria, outro nome cotado para disputar a presidência, não comparecerá por estar em campanha das prévias do PSDB, em Minas Gerais. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que também pode entrar na disputa pelo Palácio do Planalto, também estava confirmado, mas em suas redes sociais ele avisou que não poderá participar.
A Polícia Militar de São Paulo disponibilizou efetivo de mil policiais para acompanhamento da manifestação – 150 viaturas monitoram a região da Paulista. A operação conta ainda com 60 cavalos, dez cães, dois helicópteros Águia e cinco drones. Por volta das 16 horas, o ato seguia pacífico e sem ocorrências – as estações de metrô da avenida funcionavam normalmente.
Na capital paulista, os manifestantes pedem o impeachment de Bolsonaro, protestam contra o preço do gás de cozinha, dos alimentos e dos combustíveis. Não há previsão de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareça nos atos de São Paulo. No entanto, ele tem sido pressionado pelas centrais sindicais a participar ao menos por vídeo. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, já está no local. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) também está em um dos carros de som.
Há ainda a previsão de que parlamentares participem por meio de vídeos que serão exibidos próximo ao Masp. A senadora Simone Tebet (MDB), o senador José Anibal (PSDB), os deputados Junior Bozzella (PSL) e Fabio Tradi (PSD) e o fundador do Novo, João Amoedo, devem falar por vídeo.
Ato no Rio
No Rio de Janeiro, os manifestantes começaram a se concentrar na Candelária, região central da capital, por volta das 10h.
Ainda durante a manhã, os participantes do protesto caminharam pela Avenida Presidente Vargas em direção à Cinelândia. Após as 12 horas, o grupo já se reunia na Cinelândia, onde há um palco montado. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e outros políticos participam do ato no Rio.
Integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do sindicato da categoria levaram botijões de gás infláveis gigantes em protestos contra o alto preço dos combustíveis. Grupos com faixas “vidas negras importam” também se juntaram aos manifestantes. Eles também carregavam faixas contestando o descaso do presidente com a pandemia de Covid-19.
Protestos em outras capitais
Em Brasília, a concentração de manifestantes começou no início da tarde na Praça dos Três Poderes. A PM monitora a concentração de pessoas, que seguia pacífica e sem ocorrências até por volta das 16h.
Em Salvador, os manifestantes caminharam da praça do Campo Grande em direção à praça Castro Alves, onde se concentraram no início da tarde. Já em Fortaleza, a concentração começou por volta das 8h. Perto das 11h, os manifestantes saíram em caminhada da praça da Bandeira, onde estavam, até a praça do Ferreira, na região central da capital.
No Recife, os manifestantes se reuniram na praça do Derby no início da manhã e caminharam até o Pátio do Carmo. Vias da região central foram bloqueadas para o trânsito de veículos. Os manifestantes se posicionaram contra a reforma Administrativa, pediram vacinas, protestaram contra a fome e pelo impeachment de Bolsonaro.
Em João Pessoa, capital da Paraíba, os manifestantes se reuniram no Parque da Lagoa, na região central. O ato terminou por volta das 13 horas.
Em Porto Alegre, a manifestação começou por volta das 15 horas e se concentra entre a sede da prefeitura e o mercado municipal. Manifestantes carregam bandeiras de partidos de esquerda e faixas de protestos contra o governo Bolsonaro. Em Belo Horizonte, movimentos sociais, sindicais e manifestantes se reúnem na praça da Liberdade, na região central da cidade.
Expectativa de atos em todo o país
Os atos deste sábado contam com a adesão de mais de 20 legendas partidárias. Segundo os organizadores, há eventos confirmados em 251 cidades brasileiras e em 16 países.
Os protestos foram organizados em conjunto pela campanha Fora Bolsonaro (que promoveu os atos anteriores e reúne centrais sindicais, movimentos populares e partidos de esquerda), pela entidade civil Fórum pela Democracia Direitos Já! e por lideranças dos nove partidos que assinaram pedidos de impeachment do presidente (PSOL, PCdoB, PT, PDT, PSD, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade).
Em 12 de setembro, atos convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelos grupos Vem Pra Rua e Livres aconteceram em 18 capitais e no Distrito Federal, mas tiveram baixa adesão.
As manifestações também contaram com apoio de políticos da direita, do centro e de esquerda. O PT e outras legendas de esquerda não participaram e já se articulavam para os atos deste sábado. Doria, Ciro, Mandetta e Amoêdo participaram das manifestações no último dia 12 na Paulista.
Fonte:*Com informações de Bruna Carvalho, Bruna Ostermann, Diego Barros, Juliana Lopes, Lia Aderaldo, Renan Fiuza, Silvana Freire, da CNN
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