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Em entrevista exclusiva ao Diario de Pernambuco, a deputada estadual Débora Almeida (PSDB) contou um pouco mais sobre seus primeiros momentos como parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a atuação na base de apoio ao governo Raquel Lyra (PSDB) e a possibilidade de assumir uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Débora fez a defesa da atual administração estadual, e destacou como fundamental o bom relacionamento da correligionária com o Governo Federal e com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em tom apaziguador, a ex-prefeita de São Bento do Una evitou criticar opositores, mas disse ser apenas uma “questão de tempo” para que outros partidos passem para o lado da situação na Alepe.
Base do governo na Alepe
“Ainda estamos em fase de definições. Da nossa base, do partido, são apenas três. Recebemos também mais um deputado, que veio do Patriota, na nossa bancada, então temos aí esse novo cenário de bancada independente. Dos demais grupos políticos, acho que só teremos mesmo algo mais concreto ao fim desse primeiro semestre.”
Comissões
“Faço parte como titular das comissões de Justiça e de Finanças, e participo como suplente das comissões da Mulher e da Agricultura, que são todas pautas muito voltadas às minhas bandeiras. Presido a Comissão de Finanças e Orçamento e tem sido muito proveitoso estar à frente desta pasta. Sempre foi da vontade dessa nova fase de gestão, comandada por Raquel, essa proatividade em gerar emprego e oportunidades, na cidade e no campo, e estou contribuindo ativamente nessas questões.”
Críticas da oposição
"Tínhamos um governo que passou 16 anos no comando do estado. Raquel está há pouco mais de 100 dias, então ainda tem muita coisa sendo definida, moldada e planejada. A partir do momento em que há essa mudança de gestão, os problemas que foram encostados ao longo do tempo começam a vir à tona, como foi essa questão do Sassepe.
E sobre essa questão, faço parte do grupo de trabalho que está estudando soluções para o órgão. Foram identificados problemas que já vêm de muito tempo, em gestão, estrutura dos planos e sustentabilidade do órgão. Para se ter uma ideia, por mês, se gera um déficit de R$ 20 milhões, fora os R$ 296 milhões que precisam ser negociados. Infelizmente, o plano de atendimento não se sustenta.”
E sobre essa questão, faço parte do grupo de trabalho que está estudando soluções para o órgão. Foram identificados problemas que já vêm de muito tempo, em gestão, estrutura dos planos e sustentabilidade do órgão. Para se ter uma ideia, por mês, se gera um déficit de R$ 20 milhões, fora os R$ 296 milhões que precisam ser negociados. Infelizmente, o plano de atendimento não se sustenta.”
Possível indicação ao TCE
“Antes de mais nada, é necessário destacar a importância do trabalho do Tribunal de Contas. Além de fiscalizar, a responsabilidade em orientar, acompanhar, fazer as coisas acontecerem de maneira mais célere, ágil e efetiva para a população. Outro ponto também a ser destacado é a falta de representação feminina nesses espaços do Judiciário. Temos mulheres muito competentes e capacitadas que podem fazer um trabalho muito bom nesses órgãos. Então fico feliz que meu nome esteja sendo colocado como possibilidade.
Sou procuradora federal de carreira, concursada da Advocacia Geral da União e estive à frente da Prefeitura de São Bento do Una durante oito anos, então sei como é estar dos dois lados. Tem outras candidaturas que também são legítimas e que podem contribuir, mas tendo essa oportunidade, darei o meu melhor, para que eu possa depositar toda a minha experiência em administração pública e trazer os reflexos disso da melhor forma.”
Sou procuradora federal de carreira, concursada da Advocacia Geral da União e estive à frente da Prefeitura de São Bento do Una durante oito anos, então sei como é estar dos dois lados. Tem outras candidaturas que também são legítimas e que podem contribuir, mas tendo essa oportunidade, darei o meu melhor, para que eu possa depositar toda a minha experiência em administração pública e trazer os reflexos disso da melhor forma.”
Relação entre Lula e Raquel
“Vejo em ambas as partes pessoas que assumiram em suas respectivas esferas, que sabem o peso do respeito às instituições e só querem o melhor para o povo. Então vejo, sim, uma abertura para o bom relacionamento entre os dois. Raquel está dialogando com prefeitos, deputados e ouvindo as necessidades de todos. Vejo isso com bons olhos, independente de posições políticas partidárias. A vontade é de trabalhar e cumprir com os deveres com a população.”
PT e PSDB
“Algumas das pautas são conjuntas, outras divergentes, mas acredito que tudo é possível na política. Vejo uma grande vontade dos dois lados em construir uma boa política.”
"Pelas mulheres, pelo povo do Sertão"
Em espaço livre para falar mais sobre suas pautas, Débora Almeida considerou urgente a necessidade de um maior ativismo feminino na política e de mais políticas públicas para os sertanejos.
“O que eu queria é que nessa Casa [a Alepe] não tivéssemos só seis mulheres, que tivéssemos 20, 30 ou até mesmo a maioria. Gostaria de ver mais mulheres na política, em cargos de liderança. É uma das coisas que almejo. Os partidos precisam dar condições para que outras mulheres possam ter vez e voz, não basta apenas ter uma lei que garanta a cota. A gente também precisa conseguir dar as condições para que as políticas públicas cheguem no interior, para que se possa produzir e ampliar a avicultura, pecuária, agricultura, o setor de confecções.
Além é claro das condições de vida, com educação e saúde de qualidade. Para que os jovens do interior tenham as mesmas oportunidades de quem está na Região Metropolitana.”
Além é claro das condições de vida, com educação e saúde de qualidade. Para que os jovens do interior tenham as mesmas oportunidades de quem está na Região Metropolitana.”
Fonte: Diário de PE.
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