terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Sobre o Senado, Marília Arraes pondera: "Nem eu, nem niguém se colocou"

 

Um dos nomes ventilados para concorrer ao Senado pelo PT, a deputada federal Marília Arraes levou falta no ato do PSB, nesta segunda-feira (21), destinado a anunciar o deputado federal Danilo Cabral como candidato ao Governo do Estado.

Teresa Leitão, deputada estadual, e Carlos Veras, deputado federal, também cotados para integrarem a chapa, estiveram no evento, marcado por entusiasmadas saudações dos socialistas aos petistas. Indagado se a ausência da correligionária seria uma sinalização de que o nome dela já não seria considerado nessa construção com o PSB, Carlos Veras, à coluna, observa o seguinte: "Talvez ela não queira, ela nunca disse que queria". Nos bastidores do PT, essa leitura de Veras já vinha ganhando ressonância em conversas reservadas.

Ele prossegue: "A gente tem que respeitar as posições dela. Ela sabe do projeto nacional de Lula, ela é um grande quadro do PT. Temos que respeitar o tempo da deputada Marília". Tanto nas hostes petistas como nas hostes socialistas, se admite que o apelo eleitoral de Marília é reconhecido, a despeito de, no PSB, o nome dela ser visto como "não palatável" em função do duro enfrentamento protagonizado por ela e pelo prefeito João Campos na corrida municipal de 2020.

No PT, realçam petistas nas coxias, o nome dela segue no páreo, embora, como argumentou Carlos Veras, ela não tenha se apresentado como candidata ou como alternativa. Procurada pela coluna sobre o assunto, Marília Arraes evita se alongar. Indagada sobre não ter se colocado, nem mesmo internamente diante dos companheiros de sigla, como candidata, ela quebra o silêncio e resume: "Nem eu, nem niguém se colocou".

Além dela, de Teresa e de Carlos Veras,  o PT contabiliza, na lista de alternativas ainda, o nome de Odacy Amorim, ex-prefeito de Petrolina e único que teria oficiado o partido sobre sua pretensão. Como a coluna cantara a pedra, o PT recorre ao Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para desenhar o processo de escolha do candidato à Casa Alta.

A primeira reunião, online, será realizada hoje. A ideia é confirmar quais nomes serão, de fato, considerados, se alguém se retira e fazer esse debate. No PT, a previsão é de que, até a primeira quinzena de março, essa triagem esteja concluída. 

Fala, Danilo!
Alçado à condição de candidato, Danilo Cabral passou a dividir com Paulo Câmara a construção da unidade na Frente Popular. Indagado pela coluna sobre a avaliação feita entre partidos de centro de que colocar o PT no Senado é "estreitar chapa", o parlamentar devolve: "Nós vamos construir a unidade que melhor represente os avanços da mudança em Pernambuco e a derrota do presidente Bolsonaro. São esses valores que vão orientar a decisão". E completou: "Os nomes que forem ser apresentados serão todos discutidos no âmbito da Frente Popular".

Ainda não > Sobre a hipótese de ceder a vaga do Senado a um candidato do centro, visando à governabilidade do ex-presidente Lula, Danilo Cabral, à coluna, assinala: "Nós não fizemos esse diálogo ainda. Vamos conversar com os partidos. O governador vai conduzir esse processo e, a partir disso, a gente vai ver quem vai ser a indicação desse processo. Hoje, não temos ainda".

Prego batido... > Como a coluna antecipou ainda em dezembro, durante a passagem do governador da Paraíba pela Fenearte, João Azevêdo deixa o Cidadania e retorna ao PSB, que promove ato de filiação para ele em Brasília na próxima quinta-feira. O governador Paulo Câmara estará presente.

...e ponta virada > Com João Azevêdo candidato à reeleição, PT e PSB estarão em lados opostos na Paraíba. Ricardo Coutinho vai concorrer ao Senado pelo PT em chapa encabeçada por Veneziano Vital do Rêgo (MDB). Novo ruído no debate da federação.

Fonte: Folha de PE.

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