quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Quem será cristianizado na campanha pelo governo?

 

A oposição provavelmente virá para a disputa com três nomes: Raquel Lyra (PSDB), Miguel Coelho (União Brasil) e Anderson Ferreira (PL). Todas as pesquisas mostram uma vantagem numérica considerável da prefeita Raquel Lyra não apenas sobre os demais. 

O último levantamento, do Vox Populi, encomendado pelo PT, mostrava que Raquel Lyra teria 19% enquanto Miguel Coelho aparecia com apenas 5%. A pesquisa testou o nome de Anderson Ferreira apenas para o Senado. Mas digamos que tenhamos os três disputando o governo do estado. 

Em 1950, na disputa pela presidência da república tínhamos Getúlio Vargas, Eduardo Gomes e Cristiano Machado. Quando a campanha começou a esquentar, aconteceu uma polarização entre Getúlio Vargas e Eduardo Machado e muitos partidos que estavam com Cristiano Machado resolveram abandoná-lo por debaixo dos panos e apoiar a postulação de Eduardo Machado. Daí nasceu a expressão 'cristianizar'. Você finge que está fazendo campanha para um candidato quando na prática está apoiando outro. 

Em um eventual segundo turno não teremos vaga para três, mas para apenas um dos nomes da oposição e deve acontecer ainda no primeiro turno um afunilamento entre dois nomes que conseguirão passar para a segunda etapa. Tendo em vista a unidade do PSB e a força da Frente Popular não tem como se imaginar que uma das vagas será do partido. A outra, vai ser o resultado do confronto justamente entre as figuras de oposição. Resta saber durante a campanha quando houver o afunilamento com um nome apenas, quem será vítima da chamada cristianização já que no nosso estado o eleitor não gostar de dar o famoso "voto perdido" mas apela para o "voto útil".

Unidade e não agressão - Enquanto na Frente Popular o discurso é pela unidade, na oposição o acordo é pelo segundo turno. Já existe um pacto de não agressão entre os opositores no primeiro turno, construindo assim uma campanha pacífica para facilitar acordos políticos durante a segunda etapa. A oposição joga apostando todas as fichas no segundo turno.

No primeiro turno - Já na Frente Popular embora não se fale no assunto publicamente, existe sim um esforço grande, quase que uma força tarefa para eleger Danilo Cabral governador logo no primeiro turno, evitando assim um enfrentamento em uma segunda etapa. "No entanto, estamos preparados para uma campanha em duas etapas mas quando a população perceber que Danilo é o candidato de Lula, ficará mais fácil uma transferência de votos rápida" avalia um dos que defendem a fatura liquidada logo no primeiro turno.

E na oposição? - Até o momento, apenas o ministro Gilson Machado Neto que futuramente deverá estar se filiando ao PL assumiu publicamente que deseja disputar o Senado Federal. Existe apenas uma cadeira em disputa neste ano. Tanto na pré-campanha de Miguel e Raquel não existe nenhum nome ventilado, com ressalva para o prefeito Anderson Ferreira que já admitiu disputar a Casa Alta, mas que está pendendo a disputar o governo do estado.

Nome forte - Embora esteja sem mandato eletivo no momento, o ex-senador Aramando Monteiro Neto (PSDB) tem sido lembrado nos levantamentos feitos para o Senado. Armando já chegou inclusive a liderar a corrida pela Casa Alta. No entanto, o ex-senador não deu nenhuma demonstração de que disputará a eleição deste ano.

Diálogo - O PT iniciou ontem o debate interno sobre o nome que deve concorrer na chapa da Frente Popular ao Senado Federal. O nome mais forte hoje é o deputado federal Carlos Veras. Disputam com ele nomes como a deputada federal Marília Arraes, o ex-deputado Fernando Ferro, a deputada estadual Teresa Leitão e o ex-deputado Odacy Amorim.

Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.

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