quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

RADAR POLÍTICO – Aliança entre União Brasil, MDB e PSDB muda cenário da oposição em Pernambuco

 

ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO 

A possível aliança nacional entre União Brasil, MDB e PSDB pode mudar drasticamente o cenário da disputa eleitoral em Pernambuco, tanto na corrida pelo Governo quanto pelo Senado. Os três partidos estudam uma coligação nacional em torno de apenas um candidato a presidente; ou mesmo uma federalização, medida que os colocaria obrigatoriamente no mesmo palanque por quatro anos.

De cara, caso se confirme a aliança, já morreria umas das duas candidaturas mais competitivas da oposição ao Palácio do Campo das Princesas, segundo todas as pesquisas. É que a líder da corrida, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, é filiada ao PSDB. Enquanto o vice-líder, o prefeito Miguel Coelho, de Petrolina, está no União Brasil.

Se os dois partidos se juntarem, só haverá espaço para apenas uma dessas duas candidaturas. E quem abriria mão? Raquel, que está melhor colocada nas pesquisas? Ou Miguel, que está filiado ao partido com maior fundo eleitoral e tempo de TV? Há a possibilidade de os dois se abraçarem com Miguel saindo para governador e Raquel ao Senado, já que o petrolinense não tem idade para concorrer à Casa Alta?

E o MDB de Pernambuco, que está totalmente integrado à Frente Popular, como ficaria nessa história? Será que o senador Jarbas Vasconcelos e o deputado federal Raul Henry, principais lideranças da legenda, perderiam o controle da sigla para o senador Fernando Bezerra Coelho, que levaria o MDB para a oposição?

São questões como essas, bastante complicadas, que os presidentes nacionais dos três partidos precisam colocar na balança e medir a importância frente à uma candidatura presidencial; já o que o cenário não deve ser diferente na maioria dos estados.

Lembrando que dois dos três presidentes nacionais desses partidos são pernambucanos: Luciano Bivar, do União Brasil, e Bruno Araújo, do PSDB. Será que as raizes vão influenciar na decisão? Ou será que o pragmatismo e a possibilidade de viabilizar uma terceira via vai falar mais alto? O relógio está correndo…

TENSÃO NO NINHO – Uma fonte socialista revelou ao Blog que Lucas Ramos, pré-candidato a deputado federal, teria queimado a largada e avançado sob o espólio eleitoral de Danilo Cabral em Flores e Carnaíba, municípios que juntos possuem potencial de garantir algo próximo de 10 mil votos. O movimento não foi bem recebido por deputados federais do PSB que estão aguardando serem comtemplados por bases.

CHIADEIRA – Por falar em deputados federais do PSB, a informação de que Geraldo Júlio estaria disposto a concorrer a uma vaga na Câmara Federal não foi bem digerida. Uma vez que tal projeto passou a ser visto como demasiadamente nocivo àqueles que já estão com a reeleição na corda bamba, já que amplia ainda mais a concorrência. Por conta disto há quem defenda convencer o ex-prefeito a disputar uma cadeira na ALEPE.

TIROS ERRADOS – Com uma “estrutura” que poucos dispõem, o vice-prefeito de Paulista e pré-candidato a deputado estadual Dido Vieira corre sério risco de virar o cliente da eleição. Inexperiente e sem conhecimento do tabuleiro eleitoral dos municípios, Dido tem partido em busca de votos em um varejo que na sua grande maioria é bastante oneroso e pode não entregar os votos prometidos.

BASE – Eleitor do deputado federal André de Paula (PSD), o presidente da Câmara de Vereadores do Recife, Romerinho Jatobá (PSB), está na mira de muito deputado federal que torce com a ida de André para o Senado. Articulado e com uma base de apoio bem sólida, o vereador é visto como um grande transferidor de votos.

ALGUÉM RESPONDE? – Quais são os deputados federais mais prejudicados com uma candidatura de Geraldo Júlio para a Câmara Federal?

Fonte: Blog Ponto de Vista.

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