A escolha do parlamentar pernambucano Wolney Queiroz (PDT-PE) para liderar a Bancada de Oposição na Câmara Federal mereceu registro do deputado José Queiroz (PDT), na Reunião Plenária desta terça (22). “Fico alegre não apenas por ser meu filho, mas pelo destaque que ele teve entre a esquerda progressista”, observou.
Nos últimos dois anos, Wolney Queiroz foi líder da legenda trabalhista naquela Casa Legislativa. Desde a semana passada, comanda o grupo formado por 135 parlamentares de seis partidos que fazem oposição ao Governo Bolsonaro (PDT, PT, PSB, PSOL, PCdoB e Rede). Ele substituiu o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) na função.
A escolha de Wolney Queiroz também foi enaltecida pelo presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), que parabenizou o colega de Parlamento e Pernambucano pelos ensinamentos transmitidos ao filho: “Acredito que as virtudes desse grande político e homem de bem de Pernambuco vêm de berço”, salientou.
Por sua vez, o deputado Pernambucano João Paulo (PCdoB) relembrou o período de convivência com o pedetista na Câmara Federal. “É um deputado muito atuante, com forte capacidade de articulação. Juntos, enfrentamos a oposição sistemática, doentia e, eu diria, até criminosa impulsionada pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) contra o governo do PT e da presidenta Dilma Rousseff”, relatou o comunista.
João Paulo critica projeto que facilita liberação de agrotóxicos
Na semana passada, a Câmara Federal aprovou o chamado “PL do veneno” ( Projeto de Lei nº 6299/2002), que pretende facilitar e acelerar a entrada de novos agrotóxicos no Brasil. A proposta foi alvo de críticas do deputado João Paulo (PCdoB) na Reunião Plenária desta quarta (16).
“Depois de tramitar por 20 anos no Congresso Nacional, a bancada ruralista conseguiu referendar o que se traduz em mais veneno sendo usado na produção de alimentos e, portanto, consumido pela população brasileira”, lamentou o comunista.
Segundo ele, o Governo Bolsonaro foi o mais permissivo da história no que se refere à utilização desses defensivos agrícolas. “Nos últimos três anos, foram autorizados mais de 1,5 mil novos químicos. A partir da sanção do projeto, outros 80 produtos desse tipo poderão ser liberados”, ressaltou. “Além disso, 40% dos agrotóxicos vendidos no Brasil já são proibidos em outros países.”
Uma das mudanças previstas no PL 6299 é a flexibilização das regras para a aprovação de pesticidas, já que as decisões sobre a liberação passariam a ser concentradas no Ministério da Agricultura. “Atualmente, a cadeia de avaliação envolve também o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasilreiro do Meio Ambiente (Ibama)”, lembrou o parlamentar.
A proposta contém, ainda, a possibilidade de “autorização provisória automática” enquanto o item for analisado pelas autoridades. A proibição ocorreria apenas em casos de risco. “Este Governo libera os agrotóxicos e despreza a agricultura familiar, que tem um faturamento de R$ 50 milhões por ano”, afirmou João Paulo. “Assim, o Brasil segue na contramão do mundo, que sente necessidade de uma alimentação saudável.”
O deputado acredita que o “PL do veneno” não será aprovado pelo Senado Federal. “O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse que vai seguir critérios técnicos. Agora nos resta pressionar os senadores para não deixar passar essa proposta absurda. É mais uma batalha contra esta gestão genocida”, completou.
Em apartes, outros parlamentares condenaram o projeto. “O presidente não liga para as consequências do uso descontrolado de agrotóxicos. Ele é o próprio veneno do qual temos de nos libertar”, assinalou José Queiroz (PDT).
Para Teresa Leitão (PT), a questão está relacionada não apenas à agricultura, mas ao capitalismo. “Esquecem que esse processo vai repercutir na saúde da atual e das futuras gerações. Num país onde a agroecologia tem avançado tanto, o Governo prefere investir no envenenamento”, avaliou.
“Além de adoecer a população, os pesticidas agridem o solo e os lençóis freáticos. A ganância pode levar ao desmantelo do agronegócio. O Brasil é um grande exportador de alimentos e, cada vez mais, os importadores exigem produtos livres de contaminação”, acrescentou Tony Gel (MDB).
Fonte:Da redação do Portal com Informações da ALEPE .
Portal de Prefeitura.
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