Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados |
Maia afirmou que o DEM seguirá no bloco de Baleia, mas não descartou uma reunião de bancada para que a posição do partido pudesse ser votada e decidida pela maioria. “O DEM vai ficar no bloco do deputado Baleia. Foi esse o diálogo que tive com o líder do partido e o presidente do partido. Existem divergências, como existem em todos os partidos. Existem represálias, deputados que não falam por medo de represálias. Mas sei, essa é minha opinião, que o DEM estará no bloco do deputado Baleia em 1º de fevereiro”, afirmou.
Sobre a reunião de bancada, Maia destacou que a divergência interna é legítima. Ele destacou, no entanto, que o partido tem atuado em uma posição de independência do governo por uma posição do presidente nacional da legenda. “Se essa não fosse a posição da presidência nacional do DEM, ou eu não estaria no Democratas, ou estaria divergindo do presidente, o ACM Neto”, afirmou.
“Toda minha posição de crítica, que pode ser mais dura, de independência ao governo, está baseada e lastreada no que eu dialogo e confio no presidente nacional do DEM, que diz que o DEM não fará parte da base do governo. É por isso que tenho toda a liberdade, de sempre que posso, que entendo relevante, vindicar esse governo”, completou.
Fora do bloco
Na coletiva, Maia também falou da indefinição do PSL. Disse que a decisão do PSL de ficar no bloco do Baleia, ou de ir com maioria dos integrantes, que inclui uma grande parte de deputados de extrema-direita suspensos, para o bloco de Lira, não está tomada. Ele lembrou, no entanto, que, pela Lei dos Partidos, parlamentares suspensos pelas suas legendas não podem responder em nome da agremiação.
“A lei diz uma coisa e precisa ser respeitada. Ter maioria não te dá o direito de não reconhecer as leis. Um deputado suspenso perde a prerrogativa de representar os interesses do partido em relação ao parlamento, Câmara ou Senado. Mas o PSL tem maioria, pode sair até o dia primeiro, mas está no bloco deles (de Lira)”, comentou o presidente da Câmara.
Sobre a hipótese de, com isso, a legenda que abrigou o presidente da República nas eleições de 2018 emplacar o deputado Major Vítor Hugo (GO) como primeiro vice-presidente da Câmara, Maia disse ser mais difícil. “Como suspenso ele não pode disputar a vaga do PSL. Se agregarmos mais um partido no nosso bloco, faremos a primeira escolha. E a primeira escolha caberá ao PT. A primeira escolha caberá ao PT, e não mais ao PSL (com Lira). Mas essas questões podem ser modificadas até o dia 1º”, lembrou.
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