De Pernambuco, o deputado federal André de Paula é o único que tem o nome cotado para integrar a Mesa Diretora da Câmara Federal. O cargo a ser ocupado por ele será o que couber ao PSD, seu partido, que apoia a candidatura de Arthur Lira (PP-AL). Essa divisão dos espaços só será decidida em definitivo na próxima segunda-feira, prazo final para os blocos darem entrada em suas formações. Leia-se: os partidos deverão, até lá, protocolar assinaturas da maioria de suas bancadas de modo a assegurarem o apoio a seus respectivos candidatos. Em jogo, a posição final do PSL pode ser determinante. Arthur Lira, candidato favorito do Palácio do Planalto, conseguiu maioria na bancada para levar o PSL para o seu bloco. No entanto, a ala que apoia Baleia Rossi (MDB-SP) articula nova lista, que deve ser apresentada na véspera da eleição, marcada para o próximo dia primeiro, para tentar trazer o PSL de volta ao bloco que lhe dá sustentação. Esse movimento pode alterar a correlação de forças e respingar no PSD, que pode ser o terceiro a fazer indicação ou ficar para fazer a pedida seguinte, em função do tamanho do PSL.
Há ainda quem sublinhe, nos bastidores, uma articulação no DEM no sentido de terminar formalizando apoio ao bloco de Arthur. Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se queixou, ao ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), de interferência do Palácio do Planalto em seu partido. Aliados lembram que o DEM possui ministros no governo Jair Bolsonaro: Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania). O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também era do DEM. Em outras palavras, seria improvável que não houvesse democratas trabalhando pela candidatura do governo. Essas construções determinam a divisão de espaços na Mesa. André de Paula já ocupou a 4ª secretaria, mas em um mandato tampão em função da morte, em 2018, de Rômulo Gouveia, que era titular da vaga. Agora, no partido, se desenha um cenário para que ele, que já foi líder, venha a ser nome de consenso do PSD para Mesa Diretora.
Ação e reação
Após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, à coluna, realçar a "boa expectativa" em relação ao ingresso do ex-ministro Armando Monteiro Neto na sigla, ao revelar que Raquel Lyra será a condutora do processo de ampliação dos quadros políticos do tucanato no Estado, Armando, em nota, ontem, ponderou que "continua em diálogo sobre o assunto com seus parceiros políticos e nas próximas semanas deverá chegar a uma definição”.
Em aberto - Antes, o ex-ministro registrou, na mesma nota, o seguinte: "O ex-senador Armando Monteiro Neto tem os melhores relacionamentos com o presidente, Bruno Araújo, com a prefeita Raquel Lyra, mas a decisão de se filiar a um novo partido segue em aberto".
À frente - Como a coluna antecipou, a direção nacional do PSDB delegou a Raquel Lyra "toda a legitimidade partidária" para, em nome da legenda, conduzir a reestruturação da legenda rumo a 2022.
Blocão - Em meio às movimentações da Oposição, Marília Arraes teve encontro com Armando Monteiro Neto na última terça. A deputada tem trabalhado para unir as Oposições, inclusive na Câmara Municipal, onde busca um diálogo com Renato Antunes, visando a levar o conjunto a atingir 11 vereadores.
Na linha - Presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, telefonou para o deputado federal Raul Henry parabenizando pela iniciativa da CPI, que visa a investigar as causas e os responsáveis pelo colapso do sistema de saúde em Manaus (AM). O emedebista trabalha por 172 assinaturas. A Oposição soma 130 deputados. A missão é árdua, ainda em sistema remoto.
Fonte : Folha de PE.
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