Com uma projeção para o PIB brasileiro de 2020 de queda de 6%, elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em junho, o cenário revela que a recuperação gradual da economia deve acontecer apenas em 2021, quando é esperado expansão de 3,6%. Os dados foram divulgados no XXVI Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento e apontam que o comportamento para uma queda acentuada no segundo trimestre deste ano e o início de uma recuperação no terceiro trimestre, levando em consideração os riscos de um agravamento no quadro da pandemia e os efeitos do fim das medidas de auxílio emergencial.
O painel “Impactos da Crise na Economia e Cenários para a Região” tratou de algumas respostas adequadas para os impactos sofridos durante a pandemia. De acordo com o pesquisador do IBRE/FGV, Manoel de Castro Pires, o que muda efetivamente é do ponto de vista fiscal. “A resposta que você tem que oferecer é completamente diferente das crises anteriores. Nesse sentido temos ações onde o governo funciona quase como uma empresa de seguros. Ele oferece reposição de renda, crédito para empresas, adiamento de pagamento de impostos, e outras medidas”, avalia.
O painel “Impactos da Crise na Economia e Cenários para a Região” tratou de algumas respostas adequadas para os impactos sofridos durante a pandemia. De acordo com o pesquisador do IBRE/FGV, Manoel de Castro Pires, o que muda efetivamente é do ponto de vista fiscal. “A resposta que você tem que oferecer é completamente diferente das crises anteriores. Nesse sentido temos ações onde o governo funciona quase como uma empresa de seguros. Ele oferece reposição de renda, crédito para empresas, adiamento de pagamento de impostos, e outras medidas”, avalia.
Manoel disse também que os estímulos oferecidos à economia para a travessia desse momento foram importantes e que o cuidado gira em torno de uma retirada gradual. “Essa é uma preocupação no mundo inteiro, o ideal é reduzir aos poucos os programas de auxílio e crédito, restringindo o público ou diminuindo os valores progressivamente”, diz. Para ele, isso auxiliaria na redução da taxa de falência das empresas, onde os mecanismos de gestão não serão suficientes para a demanda. “A possibilidade de utilizar instrumentos fiscais para incentivar a capitalização de empresas é uma saída, isso pode ser feito através da redução de impostos para a emissão de dívidas ou ações na bolsa de valores”.
Dentro deste contexto e da necessidade de estimular a economia, o Banco do Nordeste prevê um orçamento global de R$ 39 bilhões para 2020. No primeiro semestre foram investidos R$ 18,4 bilhões. Durante a pandemia, o investimento girou em torno de R$14 bilhões, no período de março a junho, sendo R$ 8,7 bilhões de recursos de curto prazo, como capital de giro de empresas e Crediamigo. “Neste ano, pretendemos cumprir com todo o orçamento planejado”, revela o presidente do BNB, Romildo Rolim.
Devido à pandemia, pela primeira vez em 26 anos, o Fórum do BNBocorreu de forma on-line e teve como objetivos criar um ambiente de debates sobre os impactos e perspectivas do cenário atual, buscar novas ideias, propostas e alternativas para as dificuldades, além de sinalizar futuras oportunidades para a região. Segundo Romildo, o grande legado do evento é o sentimento de otimismo para os próximos meses. “Temos a certeza de que o setor produtivo quer produzir e prestar serviços, e que a mão de obra quer trabalhar. Isso gera resultado e produção para nossa retomada. Escutamos isso bastante, de como os setores vão se comportar após a pandemia”, avalia.
Fonte: Folha de PE.
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