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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta segunda-feira (10) que não acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) irá querê-lo novamente como candidato a vice. A declaração foi feita durante entrevista ao portal UOL.
“Tudo indica que ele não me quer como vice. Mas também não vou morrer por causa disso", disse o vice-presidente. Mourão e Bolsonaro têm vivido uma relação distante já há algum tempo. O próprio general já admitiu que ele e Bolsonaro se falam pouco. Também é comum a ausência de Mourão em reuniões no Palácio do Planalto. O presidente, por sua vez, já deu diversas declarações desautorizando o vice. A relação entre os dois chegou a ser comparada à da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o então vice, Michel Temer (MDB), que afirmou ser um “vice decorativo”.
Há quem acredite que Mourão tenta se colocar como uma alternativa para as próximas eleições. O vice-presidente, entretanto, negou os rumores. “Por enquanto acompanho o presidente Bolsonaro, porque fui eleito para ser vice-presidente dele até 31 de dezembro do ano que vem", falou, durante a entrevista. Mourão acrescentou ainda não saber se o presidente irá se filiar ao seu partido, o PRTB.
O general apontou que é “muito difícil” a possibilidade do presidente sofrer um processo de impeachment. "Acho muito difícil que ocorra o impeachment do presidente Bolsonaro porque ele não cometeu crime de responsabilidade. São questões de interpretações sempre. Não existe uma pressão popular para isso", acredita.
Mourão também comentou sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Sobre a cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19 e defendido pelo governo brasileiro, o general disse que “nem os médicos se entendem” sobre o uso da substância. "Essa é uma discussão em que nem os médicos se entendem. Óbvio que há diversas opiniões a esse respeito. Eu por exemplo tive covid, tomei a cloroquina e comigo funcionou. Com outras pessoas não funciona. Por isso ela não é de uma eficácia comprovada, mas ela tem um certo nível de eficácia".
O vice-presidente foi otimista ao falar sobre a vacinação no Brasil. Segundo ele, o país vai encerrar o ano com 160 milhões de pessoas vacinadas, o que corresponderia ao total dos grupos prioritários. “Eu julgo plenamente (possível) que nós chegaremos ao final do ano com 150, 160 milhões de pessoas vacinadas aqui no Brasil, e consequentemente atingindo aqueles grupos todos que são prioritários e são necessários que sejam vacinados", prevê.
Fonte: Diário de PE.
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