segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Governadores pedem prorrogação do estado de calamidade no país

 

Atendimento na UTI da Unidade de Pronto Atendimento do bairro da Sacramenta, em Belém (PA)

Atendimento na UTI da Unidade de Pronto Atendimento do bairro da Sacramenta, em Belém (PA)

TARSO SARRAF/ESTADÃO CONTEÚDO-19/05/2020

Governadores querem que o governo do presidente Jair Bolsonaro prorrogue o estado de calamidade, instrumento legal que permitiu gastos extraordinários durante a pandemia do novo coronavírus, como o auxílio emergencial, mesmo a três dias do fim de vigência da medida e diante da oposição pública de autoridades federais.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum Nacional dos Governadores, defendeu a prorrogação da medida por mais seis meses, mas com a possibilidade de encerramento antes caso uma avaliação verifique que não seja mais necessário mantê-lo.

“Por essa razão, a calamidade nos dá instrumentos para proteger, por exemplo, com auxílio financeiro, os mais pobres e ao mesmo tempo de cuidar dos empreendedores, lidar com uma situação delicada”, disse Dias, em vídeo divulgado nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa do governador.

O governador piauiense conversou na manhã desta segunda com outros representantes do Nordeste para fazer uma ofensiva na tentativa de prorrogar a medida. Há dez dias, 17 governadores enviaram ofício a Bolsonaro em que cobravam a manutenção da medida.

Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já se colocaram contrários a uma nova prorrogação do auxílio emergencial, repasse de recursos do governo no enfrentamento à pandemia e viabilizado durante a vigência do estado de calamidade.

Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já se opuseram também a uma prorrogação do estado de calamidade, que passou pelo Congresso Nacional. No momento, o Legislativo está em recesso.

O argumento dos governadores é que os efeitos da pandemia ainda continuam e que é preciso manter os instrumentos para enfrentá-la.

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