quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Saúde prevê início de vacinação contra covid-19 para 20 de janeiro

 

Vacina da Universidade de Oxford é principal aposta do governo federal no combate à covid-19

Vacina da Universidade de Oxford é principal aposta do governo federal no combate à covid-19

JOHN CAIRNS/THE UNIVERSITY OF OXFORD

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (29), por meio de coletiva de imprensa, que deve dar início ao PNI (Plano Nacional de Imunização) contra a covid-19 em 20 de janeiro —considerando o melhor cenário. De acordo com Elcio Franco, secretário-executivo da pasta, o prazo, no entanto, pode variar entre o fim de janeiro e início de fevereiro de 2021, considerando que os imunizantes precisam, necessariamente, de registro junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

Segundo o secretário, o cronograma depende de uma série de fatores, como a capacidade de oferta de doses por parte de fabricantes, viabilidade logística e, ainda, autorização do órgão federal de regulamentação.

"Nós precisamos que os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa, e que eles entreguem doses suficientes para que sejam distribuídas. Se o distribuidor obter o registro e eventualmente não tiver dose para distribuir... Entenda: o Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano, estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro", completou. 

Secretário-executivo rebate Pfizer

Elcio Franco rebateu a farmacêutica Pfizer, que na segunda-feira (28) afirmou que não pretende submeter seu imunizante contra a covid-19 para avaliação de uso emergencial no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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Segundo o representante da pasta, durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (29), as exigências do órgão federal são as mesmas feitas pela FDA (Food and Drug Administration) —agência que regula e libera medicamentos nos Estados Unidos.

"Nos causou surpresa o laboratório [Pfizer], que na data de ontem veio esclarecer que estava com dificuldades pela grande quantidade de solicitações da Anvisa. Os aspectos solicitados pela Anvisa para autorização de uso emergencial são os mesmos solicitados pelo FDA, nos Estados Unidos. Nós vamos buscar um maior diálogo com o laboratório", explicou o secretário.

Ontem, a empresa farmacêutica afirmou que não pretendia submeter sua vacina contra o novo coronavírus para avaliação de uso emergencial no Brasil. Por meio de nota oficial, a fabricante afirmou que o imunizante desenvolvido em parceria com a BioNTech será apresentado em "processo de submissão contínua", o que acredita ser "o mais célere neste momento".

A Pfizer alega que a solicitação da Anvisa para analisar em caráter emergencial os dados específicos sobre os testes realizados em 3 mil voluntários brasileiros "demanda tempo e avaliações estatísticas específicas". "Outras agências regulatórias que possuem o processo de uso emergencial analisam os dados dos estudos em sua totalidade, sem pedir um recorte para avaliação de populações específicas", diz o texto.

Fonte: Ricardo Pedro Cruz, do R7

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