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“Não teremos nenhuma posição contra quem quer que seja, nem contra Aécio, nem contra a presidenta (Dilma). Liguei para Aécio e disse a ele que temos que seguir dialogando e que todas as caminhadas são legítimas”, informou nesta sexta-feira o governador Eduardo Campos (PSB) ao comentar o embate que se instalou entre PSB e PSDB.
A conversa telefônica entre os presidenciáveis ocorreu no dia seguinte às declarações de Aécio Neves sobre o cuidado que os tucanos devem ter para não fazer campanha para Eduardo.
Isso porque, muitos palanques estaduais do PSDB serão erguidos em parceria com o PSB.
Aécio alertou, então, para que a campanha nacional não seja contaminada pela unidade estadual.
A preocupação faz sentido, uma vez que o tucano e o socialista disputarão a segunda vaga num eventual segundo turno na corrida presidencial de 2014. A primeira, eles próprios concordam, deve ficar com a presidente Dilma.
Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
A declaração de Eduardo foi feita durante assinatura de convênio com o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), para a reforma da Feira Livre de Confecções do município.
Além de ter informado sobre o telefonema, governador deixou claro que quer distância de polêmica na relação com os tucanos. Ele lembrou que sua relação com Aécio é de grande respeito.
“Desde 1984 não estamos na mesma posição política no quadro nacional, mas já tivemos do mesmo lado em muitas questões importantes para o país”, pontuou, fazendo referência aos mandatos de ambos como deputados federais e do projeto de legislação participativa que construíram juntos.
O presidenciável socialista voltou a afirmar que o debate do PSB agora não é eleitoral e sim programático, buscando o conteúdo da aliança com a Rede, de Marina Silva.
“Não vamos transformar isso num ringue. As disputas fraticidas interessam a alguns, mas não a nós”, frisou.
…
Na realidade, Eduardo tratou de por panos mornos num desentendimento que foi alimentado por reações de lideranças socialistas às declarações de Aécio.
Tanto o vice-presidente Roberto Amaral quanto o líder do PSB na Câmara dos Deputados reagiram fortemente ao discurso de “reserva de mercado” dos tucanos.
Aliás, o que o PSB tem mais feito na sua caminhada rumo ao Planalto é bater e assoprar em aliados que são potenciais adversários.
Foi assim com o PT (e continua sendo, principalmente por causa do legado de Lula) e começa a ser também com o PSDB.
Relembre abaixo posts que tratam do embate entre tucanos e socialistas:
Disputa na oposição: PSB admite que embate com Aécio vai crescer em busca da vaga no segundo turno
Aécio Neves reage para não ficar fora do 2º turno. Aliança Eduardo-Marina vira alvo dos tucanos
Com informações de Andrea Cantarelli, do Diario.
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