Duas figuras dominaram o cenário eleitoral no campo da esquerda em Pernambuco na campanha de 2022: Danilo Cabral e Marília Arraes. Danilo foi o nome escolhido pelo PSB e que recebeu o apoio do PT. Ele contou durante o primeiro turno com o apoio explícito de Lula. Na contramão, Marília apoiou Lula desde o primeiro turno mas só veio receber o apoio do petista na segunda parte. Dizem que caso Marília não tivesse disputado o Governo, o resultado poderia ter sido diferente. Talvez não!
Os votos de Marília se identificavam muito com a postulação de Raquel Lyra (isso na fase ainda da pré-campanha). A governadora chegou a pontuar muito bem nas pesquisas antes de Marília entrar no páreo: em um dos levantamentos, ela chegou perto da casa dos 30% mesmo sem nunca ter disputado uma eleição majoritária em nível estadual. Marília diferente de Raquel, de Danilo, de Miguel e Anderson tinha o recall de ter tido sua candidatura rifada em 2018 e ter tido naquela eleição um tratamento majoritário dado pelo PT. Depois disputou a eleição pela Prefeitura do Recife e foi aí que começou o seu declínio.
Já Danilo Cabral era a novidade no meio da política. A grande questão foi que ele veio representando uma gestão que estava há 16 anos no poder.
Passada a campanha eleitoral e com Marília Arraes e Danilo derrotados, uma tentativa de polarização que não se concretizou, restou a ambos o reconhecimento do Governo Lula para quem fizeram campanha. Danilo conseguiu e através da indicação do senador Humberto Costa chegou ao comando da Sudene. Já Marília, até o momento não conseguiu nenhum espaço no Governo Lula.
Já do ponto de vista político, Danilo deixará muito em breve o PSB para ingressar no PT. O que se diz nos bastidores é que Danilo deverá concorrer a uma vaga na Câmara Federal. O mesmo caminho será trilhado por Paulo Câmara que preside o BNB. Marília corre o estado para organizar o seu partido, Solidariedade, que diga-se de passagem não tem quase nada a oferecer.
Sem projeto municipal
Embora tenha tido o seu nome sondado para concorrer a Prefeitura de Surubim, Danilo não irá. A especulação ocorreu no início do ano. Danilo deverá se concentrar no seu trabalho à frente da Sudene e prepara-se para voltar a disputar uma vaga na Câmara Federal.
Marília também não
Já a ex-deputada federal Marília Arraes também não deverá entrar no pleito de 2024. O motivo seria evitar uma terceira derrota consecutiva ao executivo o que frustraria seus planos para uma eleição majoritária.
A Frente Popular
A Frente Popular foi representada na campanha do ano passado por Danilo Cabral, Luciana Santos e Teresa Leitão. Danilo está a caminho do PT, deixando assim os quadros do PSB. Já Luciana Santos tendo em vista ser a presidente nacional do PC do B conseguiu a indicação para ser ministra de Lula. Teresa Leitão tem cumprido bem o papel de senadora da república.
Deu erro
Se tem uma coisa que não deu certo na eleição de 2022, pelo menos em Pernambuco, foi colar a imagem no presidente Lula. Diferente dos outros anos, a eleição não foi nacionalizada. Na época da pré-campanha, diversas figuras políticas diziam que tão logo iniciasse o guia eleitoral, o "fator Lula" iria mudar o cenário. Não mudou! Nem no primeiro e nem no segundo turno. Vale observar se nos próximos anos a tendência continuará a mesma do ano passado.
Em Olinda
Quem deve disputar a Prefeitura de Olinda é a atual ministra de Ciência de Tecnologia, Luciana Santos. Ela já governou o município por duas vezes e já ensaia uma saída do Ministério para disputar o comando do executivo da cidade. Quem também tem pontuado bem por lá é Marília, mas esta não sinalizou nenhum desejo de entrar na disputa.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte:Blog do Silvinho.
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