O deputado federal Fábio Barros (sem partido) afirmou, em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7, que se a governadora Raquel Lyra (PSDB) ainda não tem um candidato a prefeito para o Paulista em 2024, deveria ter. Para o parlamentar, um governador tem que desenvolver a tarefa de governador, mas não perde suas relações de ordem políticas, estratégicas de partido. "Imagino que ela como sujeito político-partidário, como pessoa, no partido, ter um posicionamento sobre a cidade de Paulista, não tenho dúvida", arriscou.
Antes disso, no entanto, o deputado esclareceu que é preciso separar a governadora que tem responsabilidade de governar para o estado inteiro e a pessoa político-partidária de articulação que ela é sempre foi dentro partido que faz parte. De acordo com o deputado, a governadora o "cativou por um movimento que não tem fugir dele".
"Ela apontou para o desenvolvimento do estado, fala do Litoral Norte como uma locomotiva importante nesse processo de desenvolvimento do estado, que é um litoral que por muito tempo ficou sem políticas de estado de desenvolvimento da região", acrescentou.
Quanto à gestão do prefeito do Paulista, Yves Ribeiro (MDB), o deputado, mesmo ressaltando que torce para dê certo, disse que o emedebista tem muito a fazer e está devendo, porque dois anos não consegue resolver problemas que deveriam ser sido resolvidos desde o primeiro ano.
"Estou falando de sinalização da cidade, coisa simples. Sinalizar a cidade é salvar vidas. Paulista é uma cidade sem sinalização. Não tem sinalização vertical, horizontal, não têm semáforos, não tem semáforos para pessoas com alguma deficiência visual. Imagine uma cidade que está entre as cem maiores do Brasil e não ter isso", reclamou.
Segundo o deputado, Paulista tem 90 mil veículos circulantes, mas não possui uma secretaria de mobilidade. "Você tem que ter instrumentos de gestão de política pública para os diversos problemas que a cidade apresenta. Temos vários problemas que precisam ser resolvidos. Eu considero hoje que o governo não vai bem", analisou.
Fábio Barros assumiu, no último dia 2, a vaga do ex-deputado federal André de Paula (PSD-PE), que foi nomeado ministro da Pesca e Aquicultura do Governo Lula (PT). Há mais de 20 anos a cidade do Paulista não tinha um representante na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Vereador por três mandatos, duas vezes presidente da Câmara de Vereadores do Paulista, Fábio foi secretário municipal de Meio Ambiente, de Desenvolvimento Urbano e de Articulação Política, além de Secretário executivo de Qualificação e Emprego do Governo de Pernambuco. Nas eleições de 2020, ele foi candidato a prefeito do Paulista.
Pesca
Fábio Barros, que é professor, biólogo e ambientalista com especialização em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), disse que a política nacional da pesca foi um desastre no governo Bolsonaro.
"O que antes era um Ministério da Pesca se transformou em uma Secretaria Nacional. A dimensão foi muito menor. Imagine um país do tamanho do Brasil com todo esse potencial e não ter um ministério da pesca. Com isso, houve um afastamento das políticas não só voltadas à pesca, mas a política para a pessoa, para o pescador, para o cidadão", denunciou.
De acordo com o deputado, os pescadores foram abandonados pelo poder público por não tererm políticas voltadas para eles. O duputado disse que uma das primeiras providências dele foi solicitar ao ministro "uma radiografia da população de trabalhadores da pesca que precisam se reaproximar do ministério".
Barros também falou sobre o defeso, valor que se paga ao pescador quando ele não pode pescar quando, por exemplo, determinados peixes não estão no período de pesca. "O defeso precisa ser revisado, os valores são antigos até garantias na estrutura do pescador que hoje não tem como comprar barco, apetrechos eoutros equipamentos que são fundamentais para o desenvolvimento de sua tarefa", afirmou.
Fonte: Blog da Folha de PE.
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