Análise do Jornal Valor Econômico afirma que o presidente Jair Bolsonaro aproveitou a situação de calamidade vivida por milhares de pernambucanos para armar um palanque político no estado, que enfrenta a maior tragédia dos últimos cem anos.
Acompanhado de um time de ministros devidamente trajados com coletes à lá “força tarefa”, o presidente sobrevoou algumas áreas alagadas na região, mas não quis descer, olhou de cima, do alto, longe da lama e do sofrimento das pessoas.
De coletes limpos e impecáveis, Bolsonaro e comitiva promoveram uma espécie de ato político na Base Aérea do Recife. E nem a tragédia do povo pernambucano foi capaz de fazer o presidente mudar o tom e esquecer as arestas políticas pelo menos por um momento.
Diante da imprensa, Bolsonaro lamentou a tragédia provocada pelas chuvas, mas aproveitou para alfinetar um de seus desafetos no Nordeste, o governador Paulo Câmara, que não foi recebê-lo com honrarias na Base Aérea.
E, como analisou bem o Valor Econômico, o clima era de campanha eleitoral. Discursos inflamados, prestação de contas de programas populares, presença de pré-candidatos aliados no estado, e por aí vai.
Seja Bolsonaro ou qualquer outro governante, não é momento de pensar em eleição ou de buscar polêmicas com desafetos. Não se monta palanque sobre quase cem corpos.
Fonte:FalaPE.
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