foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados |
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou a decisão do Facebook em tirar do ar a live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou texto em que associava Aids com quem já foi imunizado com a vacina contra a Covid-19 - o conteúdo também foi excluído no Instagram. "Se ele [Bolsonaro] não tiver nenhuma base científica , ele justamente vai pagar sobre isso.", disse o deputado durante evento em São Paulo nesta segunda-feira.
A empresa afirmou que a exclusão foi feita por identificar o desrespeito das políticas da empresa em relação à vacina contra o coronavírus. "Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas", disse o porta-voz do Facebook.
Esta é a primeira vez que a rede social tira do ar uma live de Bolsonaro. Até então, a companhia derrubou apenas um post em que o presidente citava o uso de cloroquina para o tratamento de Covid-19.
Dados inexistentes
Na última quinta-feira (21), Bolsonaro leu, em sua live semanal nas redes sociais, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios 'oficiais' do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a Covid-19 se tornavam mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
Após divulgar a informação, que é uma inverdade, o presidente disse que não iria ler a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. "Não vou ler para vocês aqui, porque posso ter problemas com a minha live. Não quero que 'caia' a live. Quero dar informações concretas", apontou.
A fala do presidente foi contestada por diversos setores da sociedade civul, política e científica. A Sociedade Paulista de Infectologia divulgou nota desmentindo a fake news comentada por Bolsonaro.
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