Abertamente, quem tem feito a defesa do modelo de federação partidária como mecanismo a ser adotado de forma a viabilizar também a criação de uma frente ampla para 2022 é o PCdoB, mas, em movimentos silenciosos, outras legendas já externam simpatia por essa alternativa, uma vez mantida a regra atual com vedação às coligações. Parlamentares que acompanham as movimentações contabilizam, nas coxias, nove partidos que estariam acenando, via direção nacional, a uma construção nesse sentido. Nessa conta, feita nesses últimos dias por deputados, aparecem incluídas no rol das que se inclinam a favor da federação as seguintes siglas: PSDB, Solidariedade, PT, PDT , PV, Cidadania, MDB , Rede, PSOL. Para que a proposta possa vingar numa votação em plenário, o centrão precisaria aderir a ela. Uma corrente argumenta, no entanto, que “não interessa aos grandes a sobreviência dos pequenos”. Algumas siglas como o PL, por exemplo, já vinham defendendo que não haja coligação. Em partidos maiores, que superam e passam com folga na métrica da cláusula de barreira em vários estados, caso do PSD, essa tese da federação não parece ganhar aderência. Nessas siglas, se faz uma projeção de redução considerável do número de partidos ainda para este ano. Na esteira, parlamentares apostam na multiplicação das fusões.
Presidente do Cidadania em Pernambuco, o deputado federal Daniel Coelho acredita na federação como uma maneira de transição para a fusão. Valendo a regra atual, associada à federação, ele aposta que isso resultará na redução do número de legendas no País. “A gente entende que é preciso reduzir o número de partidos. A fusão é uma regra que junta. Com a federação, a gente pode, quem sabe, chegar a cinco, seis partidos no Brasil", considera Daniel, lembrando que o assunto já passou no Senado e ganhou retirada de pauta na Câmara. A Federação pode, por essa lógica, acelerar o encolhimento do número de legendas no País, a partir da criação de três ou quatro blocos inicialmente, que podem vir a se transformar em número equivalente de partidos mias adiante. A resistêncis dos grandes, no entanto, pode ser entrave para que a matéria seja aprovada.
O xadrez de Anderson
Prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado esteve, ontem, vistando o prefeito Anderson Ferreira, no Complexo Administrativo de Jaboatão dos Guararapes. Estava acompanhada do ex-prefeito e seu antecessor, Luciano Duque. A despeito de sua atuação política mais metropolitana, Anderson parece vir fazendo um trabalho de formiguinha, ainda que discreto, na articulação com lideranças de outras regiões.
Pavimento > Luciano Duque é considerado a maior liderança do PT no Sertão do Estado e visto como um quadro que não dependeria do partido para manter, de pé, seu capital eleitoral. Com o nome cotado para concorrer ao Governo do Estado, Anderson Ferreira investe em sedimentar o caminho junto a quadros do interior, como faz na relação com Raquel Lyra.
Fim de...> Ontem, o governador Paulo Câmara anunciou a saída do coronel Vanildo Maranhão e o nome do Coronel Roberto Santana como novo comandante da PM no Estado. Fontes governistas viram no movimento o fechamento de um ciclo que envolveu a busca de solução para a Segurança, partindo de 2016, quando Angelo Gioia assumiu a Secretaria de Defesa Social com desafio recuperar o equilíbrio nesse setor.
...ciclo > Ali, foram nomeados Joselito Kherle, como chefe da Polícia Civil, e Vanildo para comandar a PM. Gioia saiu em 2017 e Joselito se encontra, agora, na Assessoria Especial do governador.
Fonte
:Folha de PE.
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