O ato é do último dia 25 e foi publicado no Diário Oficial do último sábado (26), efetivando Humberto Freire no cargo de secretário estadual de Defesa Social. A nomeação se deu, assim, 21 dias, após o ex-secretário da pasta, Antonio de Pádua, entregar o cargo, o que ocorreu no último dia 4 em função de repressão violenta empregada pela Polícia Militar que deixou pessoas feridas durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no centro do Recife. Ao exonerar Humberto Freire da função de secretário executivo e nomeá-lo como titular, o governador Paulo Câmara também nomeou Rinaldo de Souza para a Secretaria Executiva. No Governo do Estado, a leitura que se faz é de que Humberto se saiu bem em "provas de fogo" recentes, entre elas, mais dois protestos, na Capital pernambucana, contra e a favor do presidente Bolsonaro, realizados na semana passada, nos últimos dias 19 e 20, além da Operação São João no sentido de fiscalizar as medidas restritivas.
Integrantes da gestão estadual, nos bastidores, avaliam que ele conduziu bem, na condição de interino, os últimos episódios, o que teria colaborado para sua efetivação. Humberto é definido por auxiliares do governador como uma pessoa bastante operacional "que pega no serviço cedo e larga tarde". A posse formal dele se deu, ontem, em solenidade restrita. As trocas que precisavam ser feitas na PM, dizem pessoas próximas, já foram executadas pelo comandate, também recém-nomeado, José Roberto Santana, que substituiu Vanildo Maranhão, cuja exoneração também ocorreu após a operação desastrosa da PM na mesma manifestação que motivou a saída de Pádua. A efetivação de Humberto põe fim a uma bolsa de apostas que vinha se dando nos bastidores em torno do substituto de Pádua.
Humberto vê notícia-crime precipitada
Na avaliação do senador Humberto Costa, a notícia-crime, protocolada ontem pelo senador Randolfe Rodrigues contra o presidente Bolsonaro, poderia ter esperado mais um pouco. Motivo: "Acho que não deveria ter sido protocolada agora, porque a PGR tem todo tem interesse na renovação da vaga do Supremo e na renovação da vaga dele mesmo".
Pano de fundo > Humberto argumenta: "Tudo isso depende do governo. Acho muito difícil tomar atitude contra o governo". O senador faz referência ao procurador-geral da República, Augusto Aras, tido como nome sintonizado com o governo.
Chapa > Presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, à coluna, afirma que a legenda "vai participar da eleição de 2022 numa chapa majoritária". Bivar explica que a legenda poderá estar na cabeça de chapa ou na condição de vice na corrida presidencial. Esse foi o tema da reunião que ele teve, ontem, em São Paulo, na casa do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi.
Coisas distintas > A conversa com Baleia, informa Bivar, não passa por qualquer construção em Pernambuco. "A questão local é distante disso", realça Bivar, que foi à mesa, na mesma reunião de ontem, com Rodrigo Maia e Aguinaldo Ribeiro, com o vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, além de José Luiz Datena.
Reforma > Na próxima terça-feira, Bivar tem agenda na casa do presidente da Câmara, Arthur Lira, e a pauta é a reforma política.
Fonte :Folha de PE.
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