Escolhido pré-candidato do PSDB à Presidência da República após vencer a polêmica prévia do partido, o governador de São Paulo, João Dória, tem, agora, a missão hercúlea de conquistar o Nordeste se quiser mesmo subir a rampa do Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2023. E a tarefa não será nada fácil…
Paulista com cara de paulista, jeito de paulista, mentalidade de paulista e uma carreira concentrada no seu estado – não que isso seja demérito para alguém -, Dória precisa primeiro tornar-se conhecido para o grande público daqui de cima do mapa do Brasil. E não serão visitas esporádicas, nem fotos com gibão e chapéu de couro que vão resolver esse problema.
O futuro candidato do PSDB precisa tomar um banho de Nordeste, um território majoritariamente lulista; onde até mesmo o atual presidente, Jair Bolsonaro, perdeu a eleição nos dois turnos em 2018. Falando em Bolsonaro, com essa confusão que se tornou a mudança do Bolsa Família para o Auxílio Brasil, é possível que ele próprio, sentado na cadeira de presidente, perca de novo a eleição por essas bandas.
A estratégia eleitoral de Dória deve passar pela armação de parques competitivos nos estados. No Nordeste, o presidenciável tem a obrigação de lançar, sendo PSDB ou não, postulantes fortes a governador que possam sustentar a sua candidatura e esquentar seu nome quando ele não puder se fazer presente. E será que Dória consegue?
Fora isso tem o próprio quintal. Sem estar lá bem avaliado no seu estado, Dória vai deixar o governo para o vice Rodrigo Garcia, filiado no PSDB às pressas para concorrer a governador em 22. Ou seja, vem por aí uma eleição difícil, com um PSDB dividido em São Paulo e no Brasil; e cheio de defeções, já que muita gente graúda que não engole Dória vai deixar a legenda. Esse é o cenário nada amistoso que o famoso “calcinha apertada” vai enfrentar pela frente. Agora é com ele e a sorte…
O povo quer saber: a candidatura de Dória a presidente decola?
Fonte: FalaPE.
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