sexta-feira, 8 de março de 2024

RADAR POLÍTICO – Vereadores e pré-candidatos a vereador do Recife com lápis e papel nas mãos

ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO

Foi aberto o período para que vereadores e vereadoras possam trocar de partido sem o prejuízo de perder o mandato. No calendário eleitoral isto é chamado de “janela partidária”. Neste ano ela ocorre entre os dias 7 de março à 5 de abril. No entanto a areia da ampulheta eleitoral também acelera para os que estão sem mandato, mas que também buscam concorrer às eleições deste ano, definirem o seu destino partidário, uma vez que a data limite para a escolha do partido é o dia 5 de abril. Na disputa pela Câmara de Vereadores do Recife movimentos de definição partidária começam a surgir.

Ao contrário da eleição de 2020, quando estavam disponíveis 39 vagas, na eleição deste ano só estarão em jogo 37 cadeiras devido à redução populacional na capital que foi constatada pelo Censo 2022. Tal mudança reflete diretamente no aumento do quociente eleitoral, quantidade mínima de votos necessários para que um partido ou federação possa conquistar uma cadeira. Na eleição de 2020 no Recife este número ficou em 20.800 votos. Para a eleição deste ano a expectativa é de que supere os 23 mil votos. Outro coisa que mudou em relação à eleição anterior é que antes os partidos podiam lançar um número de candidatos 150% maior que o número de vagas do Legislativo Municipal, o que representava 59 candidatos. Agora, com a mudança na legislação eleitoral, será permitida apenas 38 candidaturas, o que exigirá das chapas candidatos com maior potencial de votos para se chegar ao quociente eleitoral. Existe também um horizonte de redução no número de partidos que de fato irão montar chapa com possibilidade de eleger no mínimo um vereador. Em 2020 dezesseis partidos conseguiram eleger vereadores no Recife. Para 2024 esse número deve cair para no máximo doze.

Disputar com competitividade nem sempre é uma questão de se ter muitos votos, mas de saber fazer contas para escolher o partido que lhe ofereça dentro do seu potencial de votos a oportunidade de conquistar uma vaga. É ai que o lápis e o papel nas mãos se faz necessário.

Confira abaixo como andam as movimentações dos partidos no que se refere as construções das chapas proporcionais na capital pernambucana.

PSB – O partido do prefeito João Campos deve reunir no mínimo 16 vereadores de mandato. São eles: Aderaldo Pinto, Almir Fernando, Andreza Romero, Carlos Muniz, Chico Kiko, Davi Muniz, Eduardo Marques, Eriberto Rafael, Felipe Francismar, Hélio Guabiraba, Joselito Ferreira, Luiz Eustáquio, Natália de Menudo, Romerinho Jatobá, Samuel Salazar e Wilton Britto.

PSB 2 – Os vereadores em exercício Aline Mariano, Marcos Di Bria Jr e Rinaldo Júnior são dados como certos na sigla. Suplentes como Augusto Carreras, Júnior de Cleto, Priscila Ferraz, Benjamim da Saúde, Vânio Silva e Cândida Bonfim também são contabilizados. Além do estreante Eduardo Mota, entre outros.

PROGRESSISTAS – Sigla que é comandada no Recife pelo deputado federal Lula da Fonte tem concentrado energia na construção de uma chapa proporcional competitiva. Além dos vereadores Ronaldo Lopes e Doduel Varela, a sigla contará com Gil Tércio, Alef Collins, Emanoel Estanislau, Edilson do Metrô, Maguari, Enfermeiro Rodrigo Patriota, Toinho da União, Rômulo Gomes, Levi Menezes, Felipe Moraes, Romero Rei do Gelo, Márcio Flor, o ex-vereador Rogério de Lucca, entre outros.

PT/PV/PCdoB – A federação deve contar no mínimo com seis vereadores (Liana Cirne, Osmar Ricardo, Jairo Britto, Marco Aurélio Filho, Ebinho Florêncio e Cida Pedrosa), os ex-vereadores João da Costa e Fabiano Ferraz, além de Fernando Ferro, Suzy, Professora, Carmem Dolores, Ermes Costa, Tomás do MST, Influencer Karina Santos , Céu, Patrick Campos e outras lideranças.

PL – A sigla Bolsonarista, que já conta com o vereador Fred Ferreira, também terá quadros como Nilson Pereira, Rogério Magalhães, Pastora Flávia Santos, Eurico Neto, Lucas de Renato Antunes, Cabo Aênia, Carlito do Cartório e Marcelo de Abimael. O vereador Paulo Muniz também é aguardado por lá.

AVANTE – Sebastião Oliveira, presidente estadual da sigla, anda empenhado na montagem. O vereador Alcides Teixeira Neto já bateu o martelo por lá. O ex-vereador Dilson Batista é outro que concorrerá pelo partido.

REPUBLICANOS – Além da já filiada Professora Ana Lúcia, lá contará com os vereadores Rodrigo Coutinho e Professor Mirinho.

PSOL/REDE – A federação não contará com o vereador Ivan Moraes que decidiu não disputar o terceiro mandato. No entanto tem como principais nomes a vereadora Elaine Pretas Juntas, além da suplente de deputada federal Robeyoncé Lima e Francis Herbert.

INCÓGNITA – Os vereadores Alcides Cardoso, Júnior Bocão e Tadeu Calheiros, além do pré-candidato Rodrigo Carvalheira, aguardam a definição sobre qual partido o pré-candidato a prefeito Daniel Coelho escolherá para disputar para se filiarem nele. No radar está o MDB, PSDB, Cidadania e PSD. Neste último quem concorrer à uma vaga na Câmara é Andrea de Paula, filha do ministro André de Paula.

INDEFINIDOS – O vereador Gilberto Alves trabalha para montar a chapa do PRD. Por sua vez os vereadores Victor André Gomes e Zé Neto ainda avaliam o destino partidário. Já o vereador Felipe Alecrim decidiu por disputar pelo Novo. A estreante Flávia de Nadegi ainda não definiu o partido por qual disputará.

STAND BY – Conforme o cenário for se acomodando, iremos divulgar o destino partidário de outras lideranças que buscam concorrer à Câmara de Vereadores do Recife.

Wellington Ribeiro é pós-graduado em Gestão Pública e Legislativa pela UPE e editor principal do Blog Ponto de Vista

Fonte: Blog Ponto de Vista.

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