Bate-papo com a CNM aborda políticas públicas do cuidado e invisibilidade do trabalho das mulheres

 

Debater sobre a importância da criação e execução de políticas públicas de cuidado e sobre a falta de visibilidade quanto ao trabalho das mulheres será o principal objetivo do Bate-papo promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta sexta-feira, 17 de novembro. A programação será transmitida ao vivo pelas redes sociais da entidade e contará com a participação de especialistas no tema.

A assessora técnica do Movimento Mulheres Municipalistas (MMM), Thais Mendes, a cofundadora e diretora do Instituto Alziras, Michelle Ferrreti, a cofundadora e diretora do Instituto Procomum, Georgia Haddad, e a gerente da área de empoderamento econômico da ONU Mulheres, Vanessa Sampaio, vão apresentar sugestões e caminhos para que os Municípios possam implementar políticas voltadas às mulheres.

A população brasileira está cada vez mais feminina. Os dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 mostram que 51,5% da população brasileira é feminina, e que o país está envelhecendo, com 10,9% dos habitantes com 65 anos ou mais, o que demanda uma maior sobrecarga dos trabalhos de cuidado e doméstico.

Segundo o Instituto, em 2022, as brasileiras dedicaram, em média, 9,6 horas a mais da sua semana em tarefas de trabalho doméstico e de garantia de bem estar do que os homens. Esse trabalho, além de muitas vezes invisibilizado, é também não remunerado, trazendo consequências para a saúde das mulheres, impactando de maneira diferente também dependendo de sua raça e classe social. O recente despertar para esse tema demonstra a necessidade de reforçar o diálogo acerca de mudanças na forma de organização das políticas públicas.

O Bate-papo também trará perspectivas de como este tema está sendo discutido no Brasil e na América Latina, principalmente após a pandemia, onde estudos indicam que houve piora desse cenário do trabalho não remunerado. Países vizinhos como a Bolívia e a Colômbia já incluíram mudanças em suas políticas nacionais para atribuição de um valor econômico a esse trabalho, muitas vezes invisibilizado.

Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para o e-mail:batepapo@cnm.org.br

Assista o Bate-papo aqui. 

Fonte:  Da Agência CNM de Notícias.