Em 2017, na Espanha, especificamente na região da Catalunha, ocorreu um das maiores crises políticas da contemporaneidade do país. Pessoas da Catalunha (nordeste) saíram às ruas defendendo se separar do resto da Espanha. Depois de conseguir sufocar o levante, procurou-se punir aqueles que foram considerados rebeldes por ousarem se insurgir contra o governo espanhol. A outra parte da Espanha encarou os protestos como um afronte ao estado democrático de direito, defendendo a necessidade de punição para os considerados separatistas.
No dia 12 de novembro do ano em curso, milhares espanhóis ganharam as ruas em 52 cidades do país defendendo a “não anistia” para os envolvidos no movimento separatista. Essa mobilização tem como anfitrião o principal partido de oposição ao governo espanhol que é o Partido Popular. O fato, que não é apenas o PP que tem se manifestado contrário a não punição dos envolvidos no movimento separatista espanhol. Outro motivo para discordância em anistiar os separatistas é que se tornou visível que o atual presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez utilizou de manobras para permanecer no governo. Em uma clara demonstração de casuísmo. Mas se tratando de permanência no poder, questões ideológicas e coloração partidária são desconsideradas, seja em governo de esquerda ou de direita.
Olinda, 25 de novembro de 2023.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.
Fonte: Blog do Elielson.
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