De passagem pelo Recife, o ex-deputado federal e ex-procurador da República, Deltan Dallagnol, visitou a redação do Diario de Pernambuco. Ele veio acompanhado de Técio Teles, líder político do Partido Novo no estado, sigla em que se filiou recentemente. A agenda faz parte da chamada "Caravana Dallagnol", movimento que busca investir na fatia de popularidade detida por ele, angariando votos para a fileira da direita e tecendo alianças com pré-candidatos nos municípios. A empreitada ocorre a menos de um ano do pleito eleitoral de 2024.
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O encontro contou também com o presidente da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), Tiago Carneiro, que tem promovido reuniões junto a lideranças empresariais, dentro do que chamam de consolidação do papel do partido na construção de um novo momento político. No time escalado para a espécie de turnê, que assinala cerca de 18 cidades, também está o presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro. Após o fim de semana, a previsão do grupo é embarcar para Fortaleza, no Ceará, seguindo o mesmo molde.
Cotado para disputar o cargo de prefeito, em Curitiba, no Paraná, tendo como alternativa e peça-chave a própria esposa, Fernanda, Deltan diz que seus planos vão além. "A mensagem que trago é a de que nós precisamos colocar na política o maior número de pessoas que lutem por integridade, por competência e por bons propósitos. Meu coração traz hoje o desejo de convocar pessoas para se unirem a nós e lutarem pela transformação, seja saindo como candidatos ou apoiando quem elas acreditam", disse.
Em junho deste ano, Dallagnol teve o mandato de deputado cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a acusação de tentativa de burlar a Lei da Ficha Limpa. De lá para cá, sempre teceu críticas a todo o processo. "A realidade é que me sinto muito acolhido e abraçado pelo povo nas ruas, pelas pessoas de bem, aqueles que não engolem irregularidades e são contra a corrupção. Por outro lado, sou perseguido por certa ala da Justiça e também parte da classe política que acha que usa toga", disparou o ex-procurador, que continuou: "É este tipo de grupo, aliado a um Supremo que rasga a constituição, que permite que condenados em várias instâncias estejam livres e ocupando cargos públicos, enquanto outros têm seus direitos cerceados por motivos ínfimos", disse.
Para Técio Telles, o Partido Novo tem encabeçado uma aproximação maior com o Nordeste. "Existia antes uma visão equivocada de que éramos um partido elitista, do eixo Sul e Sudeste. Mas isso acabou. A gente já tem aí o exemplo do senador Girão, do Ceará. Nas últimas eleições, em 2020, tivemos candidato aqui no Recife, mas a ideia agora é de construir opções para prefeito, vereadores, alcançando várias cidades de Pernambuco", explicou. Segundo o dirigente, o partido conta com 35 mil filiados no país, sendo cerca de 600 no estado.
Ao ser questionado sobre os principais problemas que observa no Brasil, Deltan Dallagnol elencou, entre outros pontos, a segurança pública, a que chamou de deficitária e sem planejamento; a burocracia, que causa morosidade e prejudica o cidadão; a falta de ações econômicas eficientes, com juros altos e endividamento; além da corrupção. "Trabalhamos para mostrar que o lugar de todo criminoso é na cadeia, seja ele um bandido de rua ou de colarinho branco. Assistimos a várias ações abusivas contra a operação Lava Jato, também no inquérito das Fake News e, mais recente, no episódio do 8 de Janeiro. São medidas desproporcionais que não buscam agir com a verdade, mas sim enforcar pessoas, se escondendo atrás da bandeira da democracia", disparou.
Fonte: Diário de PE.
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