segunda-feira, 27 de novembro de 2023

O modelo de Goiás que Raquel ignora

Enfim, no apagar das luzes do seu primeiro ano de gestão, a governadora Raquel Lyra (PSDB) anuncia hoje um plano de segurança para o Estado. A intenção é frear a violência crescente e preocupante, que voltou a colocar Pernambuco, mais uma vez, entre os Estados mais inseguros do País. O terror toma conta da sociedade e atinge a todos sem discriminar classes sociais.

Que o diga a deputada Débora Almeida, uma das parlamentares mais subservientes ao modelo de gestão de Raquel, que bate palmas todos os dias para a governadora, mesmo tendo sido preterida para a vaga de conselheira do Tribunal de Contas. No último fim de semana, ela teve seu carro roubado ao participar de uma festa em Lajedo.

Quanto ao plano de segurança, tão esperado pela população, está envolto em um grande mistério, tão entocado feito cabelo de freira, que ninguém vê. Ninguém sabe também qual experiência serviu de inspiração e modelo bem-sucedido, até porque estava sendo concebido pela ex-secretária de Defesa, Carla Patrícia, que caiu, e hoje está nas mãos de um delegado federal que serviu ao PSB e caiu por incompetência.

Se a governadora fosse mais humilde e tivesse a preocupação de visitar Estados que reduzem a violência com êxito, certamente teria vindo a Goiás, de onde voltei ontem. Trata-se do Estado mais seguro do País, hoje. Lá, a queda nos índices de violência está diretamente ligada às ações desenvolvidas pelo Governo de Ronaldo Caiado para valorização e reconhecimento das forças de segurança.

Uma das primeiras medidas tomadas por ele foi a extinção do ‘famigerado’ policial militar de terceira classe, uma subcategoria de policiais criada pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB). O ato do atual governador permitiu a elevação de cerca de 2,4 mil profissionais da segurança pública e a equiparação salarial da categoria. Hoje, os salários da Polícia Militar variam de R$ 6 mil a R$ 14 mil.

Caiado também criou o Batalhão Rural. Em parceria com a Delegacia de Repressão a Crimes Rurais, a atuação da Polícia Rural resultou na queda expressiva de 12,1% nos crimes de roubos no campo. Já as ações efetivas de retomada do controle dos presídios do Estado e a valorização da Polícia Penal evitaram ações de facções e culminaram com a redução abrupta de crimes contra o patrimônio que eram encomendados de dentro da cadeia.

Dos 246 municípios goianos, 160 não registraram nenhum homicídio nos últimos meses. “Por que a polícia é tão eficiente? Porque deixamos a polícia fazer a segurança. Eles são responsáveis por isso. Não inibo a polícia, deixo eles trabalharem. É por isso que a segurança de Goiás é a melhor do País, com o menor número de profissionais”, diz Caiado.

O mais seguro – Números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás apontam uma redução histórica nos índices de criminalidade e colocam o Estado no topo do ranking das unidades da federação que mais reduziram os índices de violência no Brasil. De terceiro Estado mais violento do País em 2015, Goiás hoje exibe números que o colocam entre os mais seguros, com taxas de criminalidade que remontam às estatísticas de 25 anos atrás.

Uma página virada – Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2017, apontava que entre 2005 e 2015 a taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes havia crescido 97,34% em Goiás, e alcançado 40,1 mortes por cada grupo de 100 mil moradores, índice que colocava o Estado na condição de terceiro mais violento do País, atrás apenas de Alagoas e Ceará. Desde que Ronaldo Caiado assumiu o governo, em janeiro de 2019, no entanto, esses índices vêm caindo ano a ano, e chegam ao final do primeiro trimestre de 2023 com uma redução de quase 50%, se comparados com o mesmo período de 2018, último ano da gestão do PSDB em Goiás.

Queda em todos os índices – Segundo relatório da Segurança Pública de Goiás, no período de janeiro a março de 2023, 270 homicídios dolosos foram registrados no Estado contra 536 no mesmo período de 2018, uma redução de 49,6%. Quanto aos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), a redução foi ainda maior: três ocorrências em 2023 contra 29 em 2018, uma queda de 89,7%. No primeiro trimestre de 2018, foram roubados 3.301 automóveis no Estado, uma média de 36 veículos por dia. Já nos seis primeiros meses de 2023, foram registrados 289 roubos de veículos, uma queda impressionante de 91,2%. Roubos de cargas caíram 90,2% no período e roubos em instituições financeiras simplesmente não tiveram ocorrência em Goiás neste ano, uma redução de 100%.

Bandido não dá ordem – De todos os crimes, a maior queda se observa no número de latrocínios (roubo seguido de morte), que reduziu 70%. Registros de lesão seguida de morte tiveram queda de 55,7% e o crime de homicídio doloso, que tem a intenção de matar, a diminuição ficou em 44,5%. No primeiro mandato de Caiado, foram investidos R$ 300 milhões na compra de viaturas, armamentos e obras. “A população goiana se sente encorajada para denunciar o bandido. Antes havia receio, pois sabiam que poderiam ser retaliados, nada acontecia ao bandido. Hoje bandido não dá ordem, cumpre pena”, afirma o governador.

Retrato da eficiência – Do delegado-chefe da Polícia Civil de Goiás, André Ganga: “O Estado remeteu mais de 30 mil inquéritos à Justiça e, deste total, mais de 27 mil tiveram autoria definida. Ou seja, nós temos hoje um índice de elucidação de 90,5%, o maior das polícias judiciárias do Brasil. Ampliamos o número de operações em 44%, aumentamos em 54% os mandados de busca e apreensão e quase 10% nas prisões. Além disso, neste primeiro semestre, R$ 150 milhões em sonegação foram recuperados aos cofres públicos.

CURTAS

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – Em seu segundo mandato, Caiado investe na aquisição da inteligência artificial, com metodologias cada vez mais modernas na parte preventiva, para desarticular cada vez mais a capacidade de ação dentro dos presídios, para que estes não sejam quartéis generais do crime.

FEMINICÍDIO – O secretário de Segurança Pública de Goiás, coronel Renato Brum, afirmou que seu maior desafio é o feminicídio. Para isso, está reforçando o trabalho executado pelo Batalhão Maria da Penha e delegacias especializadas em crimes contra a mulher, fechando o cerco contra agressores. “Vamos mostrar que não há impunidade. Agressores têm de ir para a cadeia”, afirmou.

Perguntar não ofende: O plano de segurança de Raquel valoriza os policiais como se dá em Goiás, onde o menor salário de um PM é de R$ 6 mil?

Fonte: Blog do Magno Martins.      

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