Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo não se esquiva do ônus que o problema no aplicativo, encomendado pelo partido à Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS), causou, provocando a suspensão das prévias da sigla.
Mas não abre mão de defender, mesmo em meio ao imbróglio, a segurança do voto eletrônico. À coluna, ele reage à ironia do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema: "Pelo contrário, 60% dos votos estão protegidos por conta da urna eletrônica, 60% estão guardados em urnas eletrônicas do TRE". Bruno faz essa fala após o chefe do Executivo federal ter ironizado as prévias do PSDB a apoiadores, na manhã de ontem, em frente ao Palácio do Planalto.
Bolsonaro sapecara o seguinte: "Viu a confusão ontem (anteontem)? Não vou falar nisso porque não tenho nada a ver com outro partido, mas deu uma confusão em São Paulo ontem. É o tal do voto eletrônico". A despeito da dificuldade envolvendo o app destinado aos filiados que votariam à distância, o PSDB chegou a encerrar, no último domingo, em Brasília, a votação presencial para escolha do candidato da legenda à presidência da República em 2022.
As urnas foram retiradas perto das 16h. E esses equipamentos não são conectados à Internet. O sistema operacional desenvolvido pela Justiça Eleitoral não inclui mecanismos de conexão com a Internet.
Desde 1996, quando se adotou o voto eletrônico no País, nunca foi comprovada fraude no processo eleitoral brasileiro. Daí, a defesa enfática feita por Bruno da instituição e do sistema adotado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alvo de diferentes ataques por parte de Bolsonaro.
Após extensa reunião, iniciada na tarde de ontem e que adentrou pela noite, Bruno anunciou que dará prazo, até as 12h de hoje, para que a universidade apresente solução. "Se não fizer, vamos procurar outra tecnologia privada, como podeia ter sido feito desde o começo", informa.
Em coletiva, o dirigente deixou claro que "não pode segurar o processo de forma indefinida" e que testes serão feitos hoje para retomada da votação, que deve ser concluída até o próximo domingo.
O app, o porquê, a origem
"Quando chamei prévias, decidi concretizar da melhor forma. Tinha condição de fazer com empresa privada. Resolvi não fazer, porque havia zum zum zum, questionando idoneidade de certos processos. Resolvi fazer com empresa pública, distribuí ofícios e só a universidade do Rio Grande do Sul respondeu. Mas São Paulo escolheu a empresa de Segurança. Para tranquilizar São Paulo, pagamos a consultoria que São Paulo pediu". A fala é do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, à coluna.
Me dê motivos > Entre aliados do governador João Doria, há quem veja o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com "cara de vitória". Considerando que o gestor paulista tem 13 partidos na base e mais de 90% dos 645 municípios do Estado fechados com ele, observadores da cena avaliam,, diante das chances de Doria, que a falha no app não deixou de ser “uma vitória de Leite”. Outra ala vê Leite como mais prejudicado.
Assistência social > Como uma das últimas etapas da discussão, a comissão especial da PEC do SUAS (383/17) recebe, hoje, o ministro da Cidadania, João Roma, para tratar do texto. O deputado federal Danilo Cabral, autor da proposta, espera que ela seja votada nos próximos dias.
Fonte :Folha de PE.
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