O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, minimizou o possível impacto dos depoimentos de Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e de seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), à CPI da Covid no Senado. Eles denunciaram supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.
"Pelo que está publicado, acho que essa montanha vai parir um rato. Essa é a minha opinião", afirmou o general da reserva do Exército.
Ricardo Miranda é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ele relatou ao Ministério Público Federal e à imprensa ter recebido pressões para acelerar o processo de compra da Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech. A negociação está sob suspeita em razão do valor unitário das vacinas, considerado elevado, em torno de R$ 80, e da participação de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos.
Já o deputado Luís Miranda disse na quarta-feira (23) ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas e tornou públicas as denúncias, com vazamento de prints de conversas, documentos e áudios.
O governo federal nega qualquer irregularidade na compra do imunizante e acusa os irmãos de mentir e de fraudar documentos. Ao rebater as suspeitas de corrupção, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou que o documento apresentado por Miranda pode ter sido "forjado" e que enviaria para a Polícia Federal periciar.
Salles
Sobre a saída do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, afirmou que devido à "situação difícil" e "para preservar o governo", ele pediu demissão.
Fonte: Daniel Trevor, da Record TV em Brasília, com R7.
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