segunda-feira, 17 de abril de 2023

Lula adora luxo

 

Em Pequim, no hotel em que o presidente Lula se hospedou, o Governo brasileiro – nós, pobres mortais contribuintes – pagou a bagatela de R$ 66 mil por uma diária. Um luxo que contrasta com a pobreza brasileira: acesso privado com cama King, banheiro em mármore, banheira de hidromassagem com vista deslumbrante para a capital chinesa, coquetéis de cortesia e um belíssimo espaço de 200 metros quadrados, com mordomo à disposição.

A suíte presidencial conta ainda com duas salas, uma de estar, outra de jantar, com espaço até para dez pessoas confortavelmente ocupadas. Só de impostos e taxas, o luxo de Lula custou uma fortuna – quase R$ 10 mil por dia. Ao tomar conhecimento disso, ontem, recordei de Joãosinho Trinta, o maior dos carnavalescos da Sapucaí, quando disse: “Pobre gosta de luxo, quem gosta de lixo é intelectual”.

Mas Lula não é pobre. Já foi, num passado muito distante. Candidato ao Planalto nas eleições passadas, declarou à justiça eleitoral um patrimônio de R$ 7.423.725,78. O petista informou que possui três imóveis, três terrenos, uma construção, um veículo e algumas aplicações, incluindo uma participação na empresa LTDA. O patrimônio de Lula diminuiu 7% desde a última eleição.

Em 2018, quando tentou se candidatar à Presidência, mas foi impedido porque estava preso, Lula declarou um patrimônio de R$ 7,98 milhões. Entre os candidatos, segundo o TSE, foi o terceiro maior patrimônio, perdendo apenas para Felipe D’ávila, do Partido Novo, e Pablo Marçal, do Pros. Mas Lula não pagou o hotel com o dinheiro dele.

Sugou dos cofres de uma nação que tem 40 milhões de miseráveis. Em cinco anos, aumentou em cerca de três milhões o número de pessoas no País em situação de insegurança alimentar grave (fome), chegando a, pelo menos, cerca de 10,3 milhões de brasileiros nesta situação. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entram na conta somente os moradores de domicílios permanentes, ou seja, estão excluídas do levantamento as pessoas em situação de rua, o que aumenta ainda mais o rastro da fome pelo País. Outro número assustador vem do CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal): são mais de 14 milhões de famílias que vivem na extrema pobreza e estão cadastradas no programa do governo. Isso corresponde a 39,9 milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil, segundo dados do Ministério da Cidadania. Essas famílias vivem com renda per capita de até R$ 89 por mês.

Quase uma África – A desigualdade é uma praga que assola o Brasil desde sempre e que criou raízes profundas. Um dos mais conhecidos indicadores de desigualdade é o Índice de Gini. Ele varia de zero, que representa a perfeita igualdade, até 1, a desigualdade máxima. No Brasil, o índice ficou em 0,543. No ranking internacional da desigualdade, o Brasil ocupa a posição 156, abaixo de Botsuana, na África, Colômbia e México.

Janja esnoba – Mas a primeira-dama Janja anda zombando da miséria brasileira. Gastou R$ 196.770 na compra de uma cama, dois sofás, duas poltronas e um colchão king size para o Palácio da Alvorada, residência oficial. Os sofás, com mecanismo elétrico reclinável para cabeça e pés e revestido em couro, custaram um R$ 65.140 e outro R$ 31.690, de acordo com o tamanho. A cama custou R$ 42 mil. Para exibir charme e elegância, Janja comprou uma bolsa por R$ 21 mil.

A nova rica – Em 100 dias de poder, a primeira-dama Janja já mostrou não haver resistido aos encantos do mercado de luxo, tanto quanto a “burguesia” que a esquerda ataca. Na visita oficial a Washington, antes da China, Janja posou com o marido e o casal Biden exibindo uma bolsa da marca Celine, uma das mais ambicionadas por madames de todo o mundo. Vendida no site da grife de luxo por R$ 21.400, tem forro de camurça e acabamento em prata.

Camisa de R$ 2,5 mil – Se Janja ganhou a bolsa do maridão, Lula comprometeu quase todos os R$ 23.453,46 do seu salário líquido de presidente. Questionada, a assessoria de Janja não explicou a origem ou se a bolsa foi incorporada ao patrimônio público, caso tenha sido mimo de terceiros. A primeira-dama deu uma pista de que não economiza no luxo: a camisa de seda que usou para entrevista ao Fantástico custa R$ 2.580 na loja.

O poder é da Alepe – Não é verdade que a governadora Raquel Lyra (PSDB) terá poder para decidir sobre a sucessão da conselheira Teresa Duere no Tribunal de Contas do Estado (TCE). A vaga pertence à Assembleia Legislativa. Pode até não ser um deputado ou ex-deputado, mas quem a Alepe indicar. Se a governadora indicar Priscila Krause ou Uchôa Júnior, quem decide no voto são os 49 deputados. Soube que a deputada Débora Almeida não quer e que Tony Gel tem chances raríssimas.

CURTAS

BRIGA FEIA – Uma briga que promete nas eleições do ano que vem no Recife está circunscrita ao PL, partido do Estado controlado pelos Ferreira. Presidente estadual da legenda, Anderson Ferreira quer o irmão André Ferreira, deputado federal mais votado nas eleições passadas. Já Bolsonaro, quer Gilson Machado, conforme o senador Eduardo Bolsonaro, o filho, já declarou pelas redes sociais.

GLOBO EM FRANGALHOS – A crise braba nas Organizações Globo envolve uma mudança na GloboNews que pegou de surpresa profissionais da empresa: repórteres passarão a usar o celular para se filmar durante participações ao vivo. Durante reunião, a direção de Jornalismo informou que os repórteres de Brasília receberão treinamento para usar o chamado “Kit Mojo”.

Perguntar não ofendeLula tem direito a torrar o nosso dinheiro pagando diárias de R$ 66 mil na China? 

Fonte: Blog do Magno Martins.

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