sexta-feira, 11 de junho de 2021

Aliado de Bolsonaro, Miguel quer ser governador de PE

 

O prefeito de Petrolina, Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) já começou as andanças em busca de alianças no Estado para tentar ser o nome da oposição a disputar o Governo de Pernambuco em 2022. Atualmente, Miguel tenta se fortalecer dentro do partido vendo as possibilidades e como serão as alianças. 

“Também estamos conversando com outras lideranças, de outros partidos que hoje compõem o nosso bloco de oposição. Mas a gente também precisa respeitar o calendário (eleitoral). A pandemia está exigindo muita responsabilidade e sensibilidade de nós, gestores, mas o calendário político eleitoral é óbvio que não vai parar por isso”, revela o prefeito.

Miguel sai na frente do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB), prefeita de Caruaru, que também tentam se lançar como nomes da oposição para o Governo de Pernambuco. O chefe do Executivo de Petrolina garante que há uma conversa entre esses prefeitos. “A eleição não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona que precisa ter uma estratégia de começo, meio e fim”, aponta.

Miguel Coelho assegura que mesmo que ele não seja o candidato da oposição, é necessário que se encontre um nome que consiga reunir, agregar e liderar o bloco político que está em construção. Inclusive, a possibilidade de dois atuais prefeitos se unirem, sendo um o candidato a Governador e outro vindo como vice, não está sendo descartada. 

Modesto, Coelho garante que se não conseguir ser o candidato da oposição, fará questão de trabalhar para eleger o(a) escolhido(a). “Vou ser o primeiro a pegar a bandeira, desde que seja um projeto consolidado e que reúna todos nós. Não pode ter vaidade nessa construção que a gente quer porque se não vamos repetir o que aconteceu em 2020 e nós perdemos a partida. Estou trabalhando para viabilizar o meu nome, mas esse não é um projeto de Miguel, é um projeto para Pernambuco mudar”, salienta.

Ao falar de 2020, o prefeito de Petrolina aponta o que, para ele, foi um erro da oposição que, na disputa pela Prefeitura do Recife, não conseguiu se unir para tentar chegar pelo menos ao segundo turno, que foi disputado pelos partidos de esquerda PT e PSB - resultando em mais uma vitória dos pessebistas.

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O então pré-candidato Daniel Coelho (Cidadania) foi um dos críticos na época da falta de união entre os partidos de centro e direita. "Está muito claro que não há intenção de derrotar o PSB/PT nas oposições de Pernambuco. Existem apenas projetos pessoais, que buscam recall para fazer eleição de deputado", disse Daniel em setembro de 2020. "Entre se unir e ganhar, estão preferindo cada um disputar individualmente, sabendo que assim, todos perderão", acrescentou.

Bolsonaro no palanque

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), pai de Miguel, é líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) no Senado. Naturalmente já se especula a possibilidade de Bolsonaro engrossar o caldo e, com a confirmação do nome de Miguel Coelho, estar no palanque da disputa pelo Governo de Pernambuco. 

No entanto, o prefeito diz estar cedo para falar sobre Bolsonaro estar em seu palanque e que esse debate a nível nacional ainda não foi iniciado, nem mesmo com o pai sendo a representação do governo federal no Senado. “Isso ajuda, mas será que só vai ter um palanque? De nada ajuda especular sobre as incertezas do futuro. É melhor ter a certeza do presente e continuar trabalhando. O trabalho vai ser a base que vai credenciar para poder se projetar na majoritária”, explica.

No entanto, Miguel Coelho confirma que existe a aliança com o presidente Bolsonaro. “Não fazemos política escondendo aliados, mas não dá para especular palanques de 2022 antes da hora”, pontua. 

Fonte :Leia Já.

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