Os empresários de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR), reunidos na Urbana, decidiram tornar sem efeito todas as demissões ocorridas esta semana.
A reavaliação dos cortes em massa ocorreu após uma interferência do governador Paulo Câmara, nesta sexta-feira.
Os detalhes das recontratações serão discutidos entre patrões e empregados, nos próximos dias.
O sindicato da categoria havia feito um apelo direto ao governador, no começo desta semana, quando as demissões começaram a ocorrer. A mais emblemática delas aconteceu na porta da empresa Transcol.
O Sindicato dos Rodoviários denunciou, na manhã dessa terça-feira (31), que mais de 100 rodoviários da Transcol foram surpreendidos com demissões quando chegaram para trabalhar. Naquela manhã, eles estiveram concentrados em frente à garagem da empresa, na Guabiraba.
O Sindicato dos Rodoviários afirmou então que não aceitaria demissões em massa ou suspensão de salários.
Veja a nota do Sindicato dos Rodoviários, de terça-feira
“Segundo portaria publicada pelo Governo Paulo Câmara no último dia 24, a fim de evitar exposição ao Coronavírus, os ônibus do Recife e Região Metropolitana só podem circular com passageiros sentados, sem aglomeração, e as empresas de ônibus “deverão adotar todas as providências para evitar acúmulo de passageiros em filas”. A portaria recomenda ainda que, para garantir isso, as empresas disponibilizem frota de estoque nos terminais de passageiros ou nas garagens.
Descumprindo a portaria, os empresários do transporte público diminuíram a frota nas ruas e os ônibus estão circulando lotados, expondo os trabalhadores rodoviários e a população a um risco excessivo de contaminação. Para completar, nesta terça-feira (31), começaram a implementar um plano de demissão em massa de rodoviários que vai tornar impossível o cumprimento das determinações do governo estadual.
É preciso que o Governo Paulo Câmara, responsável direto pela gerência do sistema de transporte coletivo, tome medidas contra estas demissões e o descumprimento da portaria. Paulo Câmara precisa chamar uma reunião entre os patrões e os trabalhadores rodoviários para intermediar uma saída que signifique proteção da saúde e do emprego.”
Fonte: Blog de Jamildo.
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