sexta-feira, 3 de abril de 2020

Após interferência do governador Paulo Câmara, empresas de ônibus vão tornar sem efeito todas as demissões ocorridas esta semana

Os empresários de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR), reunidos na Urbana, decidiram tornar sem efeito todas as demissões ocorridas esta semana.
A reavaliação dos cortes em massa ocorreu após uma interferência do governador Paulo Câmara, nesta sexta-feira.

Os detalhes das recontratações serão discutidos entre patrões e empregados, nos próximos dias.

O sindicato da categoria havia feito um apelo direto ao governador, no começo desta semana, quando as demissões começaram a ocorrer. A mais emblemática delas aconteceu na porta da empresa Transcol.

O Sindicato dos Rodoviários denunciou, na manhã dessa terça-feira (31), que mais de 100 rodoviários da Transcol foram surpreendidos com demissões quando chegaram para trabalhar. Naquela manhã, eles estiveram concentrados em frente à garagem da empresa, na Guabiraba.

O Sindicato dos Rodoviários afirmou então que não aceitaria demissões em massa ou suspensão de salários.

Veja a nota do Sindicato dos Rodoviários, de terça-feira
“Segundo portaria publicada pelo Governo Paulo Câmara no último dia 24, a fim de evitar exposição ao Coronavírus, os ônibus do Recife e Região Metropolitana só podem circular com passageiros sentados, sem aglomeração, e as empresas de ônibus “deverão adotar todas as providências para evitar acúmulo de passageiros em filas”. A portaria recomenda ainda que, para garantir isso, as empresas disponibilizem frota de estoque nos terminais de passageiros ou nas garagens.

Descumprindo a portaria, os empresários do transporte público diminuíram a frota nas ruas e os ônibus estão circulando lotados, expondo os trabalhadores rodoviários e a população a um risco excessivo de contaminação. Para completar, nesta terça-feira (31), começaram a implementar um plano de demissão em massa de rodoviários que vai tornar impossível o cumprimento das determinações do governo estadual.

É preciso que o Governo Paulo Câmara, responsável direto pela gerência do sistema de transporte coletivo, tome medidas contra estas demissões e o descumprimento da portaria. Paulo Câmara precisa chamar uma reunião entre os patrões e os trabalhadores rodoviários para intermediar uma saída que signifique proteção da saúde e do emprego.”

Fonte: Blog de Jamildo.

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