sexta-feira, 22 de novembro de 2019

PSD e MDB abrem alas para Carreras

Punido pelo PSB por ter votado favorável à reforma da Previdência, o deputado Felipe Carreras e mais sete parlamentares da bancada refratária socialista entraram com uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral. Querem que a corte máxima da justiça eleitoral interprete que ficar sem exercer o mandato de fato, rifados de comissões, toda e qualquer atividade parlamentar em nome do PSB, se traduz em cassação branca.
Se o TSE julgar que sim, Carreras e os demais poderão se desfiliar sem risco de perda do mandato. A resposta do TSE não tem prazo, mas Carreras já assume que é candidatíssimo a prefeito numa aliança nem tanto ao sol nem tanto à lua, ou seja, com discurso de oposição sem extremismo.
Quando foi golpeado em sentença que lhe feriu a alma e o orgulho, Carreras ganhou o ombro amigo do PSD e do MDB, alternativas para entrar na briga pela Prefeitura do Recife.
Tapete vermelho – Com densidade eleitoral, conhecimento da geografia política do Recife e a vantagem de subtrair votos do balaio de João Campos, Felipe Carreras será recebido com tapete vermelho estendido por qualquer das duas legendas que optar, entre PSD e MDB. Aparentemente, a que lhe deixaria mais confortável seria a seara pessedista.
Mais uma baixa – O MDB, entretanto, teria outras vantagens para Carreras: tempo de televisão, maior fundo eleitoral para montar a logística de campanha e arrastaria mais um partido da frente de João Campos. O primeiro, já dado como fora da coligação, é o PT. Lula deu aval para Marília Arraes colocar a campanha na rua.
Os atores – Em Brasília, QG das suas articulações políticas, Carreras já tratou da mudança partidária com atores do jogo: no MDB, o senador Jarbas Vasconcelos e o presidente Raul Henry. No PSD, a ponte é o líder na Câmara, André de Paula, colocado como pré-candidato, mas de cabeça boa o suficiente para ser substituído por Carreras.
No sereno – O colapso de água em Afogados da Ingazeira, de responsabilidade da Compesa, expõe e desgasta o principal aliado do governador Paulo Câmara no Pajeú: o prefeito José Patriota, presidente da Amupe, que quer eleger o sucessor de todo jeito.
Risco – Enquanto o TSE não se pronunciar sobre a consulta de Carreras e aliados punidos, nenhum deles pode avançar o sinal. No Paraná, um deputado do PSD que mudou de partido responde na justiça a processo de perda de mandato requerido por dois suplentes.
BRIGA FEIA – Carlos Bolsonaro seria suspeito de ter mandado matar a ex-vereadora Marielle Franco pelas brigas históricas que travou com ela na Câmara do Rio. Detinham tamanha animosidade que não se cumprimentavam e sequer dividiam o mesmo elevador na Câmara.
Perguntar não ofende: Se o novo partido de Bolsonaro não se viabilizar, qual legenda servirá de adoção para ele na eleição municipal?
Fonte: Blog do Magno Martins.

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