Eles, que sumiram para dar lugar a igrejas, supermercados e lojas de material de construção, agora têm novo fôlego para retornar. Falamos dos cinemas de bairro e interior, que acabam de ganhar um poderoso aliado. Semana passada, o governo federal lançou um programa que pretende incentivar a expansão do parque exibidor para mais 600 novas salas no país. O programa Cinema Perto de Você direciona R$ 500 milhões em financiamentos e investimento direto, prioritariamente para projetos do Norte e Nordeste com mais de 100 mil habitantes que ainda não têm salas de cinema.
Em Pernambuco, as cidades de Igarassu, Vitória de Santo Antão, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Paulista e Olinda são prioritárias para o programa. Propostas de implantação de salas em Garanhuns, Petrolina, Jaboatão dos Guararapes e Recife também podem ser contemplados, desde que situados em bairros populosos e sem cinema. O programa prevê benefícios para projetos em locais com população entre 20 mil e100 mil habitantes através do projeto Cinema da Cidade, em que prefeituras e governos estaduais implantam salas com recursos federais para que a iniciativa privada administre.
O Brasil conta com cerca de 2.200 salas. O objetivo do programa, que usa recursos do Fundo Setorial do Audiovisual da Agência Nacional do Cinema e do Programa de Apoio da Cadeia Produtiva do Audiovisual, do BNDES, é permitir a consumidores da classe C o acesso a filmes do circuito comercial.
"A geografia do cinema mudou. Na década de 1970 havia quase 3.300 salas de cinema no país, uma para cada 30 mil habitantes, a maioria em cidades do interior. Mudanças tecnológicas e a baixa capitalização do setor provocaram essa concentração, mas há um fato novo: o crescimento da classe C, que quer consumir bens culturais. E os filmes nacionais precisam ir ao encontro desse público", diz Manoel Rangel, da Ancine.
Desoneração tributária, sistema de controle de bilheteria e a digitalização do parque exibidor são outros eixos a serem trabalhados. Aisenção de impostos vale para aquisição de equipamento, construção e modernização de complexos de exibição. Sobre a bilheteria, não incidirá tributos como PIS e Cofins. De acordo com Rangel, isso garantirá ingressos a preços mais acessíveis.
No dia do lançamento, o presidente Lula convocou o poder público estadual e municipal a fazer o mesmo. O governo do Rio de Janeiro ouviu e isentará as novas salas da cobrança de ICMS. Carla Francine, coordenadora de cinema da Fundarpe, acredita que o governo do estado se alinhará ao novo programa e adianta que ele estará na pauta dos seminários promovidos pelo Festival de Cinema de Triunfo, marcado para 26 a 31 de julho.
Para elaborar as bases do Cinema Perto de Você, foram ouvidos distribuidores, administradores de shopping e exibidores. O grupo PMC Cinemas, que mantém salas em Garanhuns e São Lourenço da Mata, foi um deles. "É uma excelente inciativa, pois para retomar o hábito de ir ao cinema requer tempo. Em São Lourenço, foram necessários três anos para isso", diz Paulo Menelau, que tem planos de abrir mais nove salas até 2011. Além disso, ele diz que distribuidoras fazem cópias apenas para grandes exibidores, o que deixa os pequenos de fora das estreias nacionais. "Eles dão preferência às salas que cobram ingressos mais caros, pois ganham 50% da bilheteria. Por isso, a solução pode estar na transição para o sistema de exibição digital".
Assim como Menelau, Carol Ferreira, programadora do Cine Rosa e Silva, vê na digitalização uma saída para salas médias e pequenas. Para ela, mais do que a necessidade de acompanhar as estreias, o "nó" está na sobrevivência econômica. "É comum filmes que já estrearam virem para cá e encontrar um novo público. Imagine isso no interior, com ingressos mais baratos. Mas ainda assim, o cinema precisa de dinheiro em caixa para se manter aberto".
Grupo 1 - cinema da cidade
Afogados da Ingazeira 35.528
Em Pernambuco, as cidades de Igarassu, Vitória de Santo Antão, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Paulista e Olinda são prioritárias para o programa. Propostas de implantação de salas em Garanhuns, Petrolina, Jaboatão dos Guararapes e Recife também podem ser contemplados, desde que situados em bairros populosos e sem cinema. O programa prevê benefícios para projetos em locais com população entre 20 mil e100 mil habitantes através do projeto Cinema da Cidade, em que prefeituras e governos estaduais implantam salas com recursos federais para que a iniciativa privada administre.
O Brasil conta com cerca de 2.200 salas. O objetivo do programa, que usa recursos do Fundo Setorial do Audiovisual da Agência Nacional do Cinema e do Programa de Apoio da Cadeia Produtiva do Audiovisual, do BNDES, é permitir a consumidores da classe C o acesso a filmes do circuito comercial.
"A geografia do cinema mudou. Na década de 1970 havia quase 3.300 salas de cinema no país, uma para cada 30 mil habitantes, a maioria em cidades do interior. Mudanças tecnológicas e a baixa capitalização do setor provocaram essa concentração, mas há um fato novo: o crescimento da classe C, que quer consumir bens culturais. E os filmes nacionais precisam ir ao encontro desse público", diz Manoel Rangel, da Ancine.
Desoneração tributária, sistema de controle de bilheteria e a digitalização do parque exibidor são outros eixos a serem trabalhados. Aisenção de impostos vale para aquisição de equipamento, construção e modernização de complexos de exibição. Sobre a bilheteria, não incidirá tributos como PIS e Cofins. De acordo com Rangel, isso garantirá ingressos a preços mais acessíveis.
No dia do lançamento, o presidente Lula convocou o poder público estadual e municipal a fazer o mesmo. O governo do Rio de Janeiro ouviu e isentará as novas salas da cobrança de ICMS. Carla Francine, coordenadora de cinema da Fundarpe, acredita que o governo do estado se alinhará ao novo programa e adianta que ele estará na pauta dos seminários promovidos pelo Festival de Cinema de Triunfo, marcado para 26 a 31 de julho.
Para elaborar as bases do Cinema Perto de Você, foram ouvidos distribuidores, administradores de shopping e exibidores. O grupo PMC Cinemas, que mantém salas em Garanhuns e São Lourenço da Mata, foi um deles. "É uma excelente inciativa, pois para retomar o hábito de ir ao cinema requer tempo. Em São Lourenço, foram necessários três anos para isso", diz Paulo Menelau, que tem planos de abrir mais nove salas até 2011. Além disso, ele diz que distribuidoras fazem cópias apenas para grandes exibidores, o que deixa os pequenos de fora das estreias nacionais. "Eles dão preferência às salas que cobram ingressos mais caros, pois ganham 50% da bilheteria. Por isso, a solução pode estar na transição para o sistema de exibição digital".
Assim como Menelau, Carol Ferreira, programadora do Cine Rosa e Silva, vê na digitalização uma saída para salas médias e pequenas. Para ela, mais do que a necessidade de acompanhar as estreias, o "nó" está na sobrevivência econômica. "É comum filmes que já estrearam virem para cá e encontrar um novo público. Imagine isso no interior, com ingressos mais baratos. Mas ainda assim, o cinema precisa de dinheiro em caixa para se manter aberto".
Grupo 1 - cinema da cidade
Afogados da Ingazeira 35.528
São Lourenço da Mata 99.945
Feira Nova 20.052
Amaraji 20.509
Lagoa do Itaenga 20.618
Pedra 20.788
Belém de São Francisco 21.342
Rio Formoso 21.815
São Joaquim do Monte 21.872
São João 22.087
Pombos 22.120
Tacaratu 22.231
Orobó 22.239
Lagoa Grande 22.408
Altinho 22.427
Agrestina 22.591
Taquaritinga do Norte 22.657
Cupira 22.783
Flores 23.034
Macaparana 24.031
Condado 24.403
Itapissuma 24.406
Canhotinho 24.847
Panelas 25.500
Quipapá 25.603
Trindade 26.250
Caetés 26.386
Tabira 27.219
Ipubi 27.353
Itaíba 27.631
Gameleira 27.823
Vicência 27.883
Floresta 28.100
Glória do Goitá 28.289
Passira 28.518
Ibimirim 29.018
João Alfredo 29.875
Nazaré da Mata 30.185
Cabrobó 30.432
Água Preta 30.792
Exu 31.086
São José do Egito 31.792
Petrolândia 32.568
Toritama 33.206
Custódia 33.874
São José do Belmonte 34.118
Lajedo 34.809
Bodocó 34.988
Aliança 35.235
Catende 35.251
Sertânia 35.914
Itambé 36.126
São Caitano 36.336
Sirinhaém 38.610
Ribeirão 39.317
Águas Belas 39.672
Bonito 40.832
Bom Jardim 40.924
Santa Maria da Boa Vista 41.745
Brejo da Madre de Deus 42.250
Barreiros 43.911
Bom Conselho 45.250
Paudalho 47.521
São Bento do Una 49.372
Timbaúba 51.770
Buíque 53.272
Salgueiro 55.435
Moreno 55.659
Surubim 56.795
Limoeiro 57.243
Bezerros 58.354
Palmares 58.819
Escada 62.604
Pesqueira 64.454
Ouricuri 66.978
Arcoverde 68.000
Carpina 68.070
Belo Jardim 74.028
Goiana 74.424
Gravatá 75.229
Ipojuca 75.512
Araripina 79.877
Serra Talhada 80.294
Santa Cruz do Capibaribe 80.330
Abreu e Lima 96.266
Grupo 2 - municípios com mais de 100 mil habitantes sem salas de cinema
Igarassu 00.191
Vitória de Santo Antão 26.399
Camaragibe 43.210
Cabo de Santo Agostinho 71.583
Caruaru 98.501
Paulista 19.373
Olinda 97.268
Grupo 3 - municípios com mais de 100 mil e menos de 500 mil habitantes com salas de cinema
Garanhuns 131.313
Petrolina281.851
Grupo 4 - Municípios com mais de 500 mil habitantes com salas de cinema
13 Jaboatão dos Guararapes 87.688
30 Recife 1.561.659
Fonte: Diario de Pernambuco
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