O governador da Bahia, Rui Costa (PT), rebateu em sua conta no Twitter as declarações proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), neste sábado (15), sobre a operação policial que resultou na morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega. “O governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça. A Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem”, disse Costa.
O petista fez referência ao fato de Adriano já ter recebido homenagens da família Bolsonaro no passado. Neste sábado, o presidente disse que o responsável pela morte do miliciano foi “a PM da Bahia, do PT”.
O governador também disse que a determinação é cumprir ordem judicial e prender criminosos com vida. “Mas se estes atiram contra Pais e Mães de família que representam a sociedade, os mesmos têm o direito de salvar suas próprias vidas, mesmo que os MARGINAIS mantenham laços de amizade com a Presidência”, escreveu Rui Costa no Twitter.
Adriano da Nóbrega foi homenageado duas vezes por Flávio Bolsonaro. No período da segunda homenagem, a mais alta honraria da Alerj, Adriano estava preso pelo homicídio de um guardador de carros que havia denunciado um grupo de milicianos. Jair Bolsonaro disse também neste sábado que foi ele quem orientou que o filho homenageasse o ex-policial militar em 2005. “Naquele ano, era herói da Polícia Militar”, disse.
O miliciano Adriano da Nóbrega foi morto durante operação da Polícia Militar da Bahia, no último domingo (9), no sítio de um vereador do PSL. Ele era suspeito de integrar o grupo miliciano Escritório do Crime. O advogado do ex-policial acredita que seu cliente foi vítima de queima de arquivo, mas o governo da Bahia rebate a acusação.
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