segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

"Faltou vontade política", diz Cappelli sobre solução de caso Marielle

 

Ricardo Cappelli diz que a solução do caso Marielle não vai demorar - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou, neste domingo (21/1), que “o inaceitável assassinato de Marielle e Anderson será esclarecido” e que “tudo indica que não demorará”.

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A fala veio pouco depois do jornal O Globo divulgar que Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora, teria fechado um acordo de delação com a Polícia Federal.

Para Cappelli, faltou “vontade política” para solucionar o caso nos cinco anos em que a investigação está em curso. “O que faltou durante os últimos anos foi vontade política”, pontua ele.

“Em pouco mais de 1 ano, com a ação técnica e determinada da Polícia Federal, sempre com todo apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o INACEITÁVEL assassinato de Marielle e Anderson será esclarecido. E tudo indica que não demorará”, afirmou.

Delação

Ronnie Lessa, acusado de matar a ex-vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o motorista Anderson Gomes, fechou um acordo de delação com a Polícia Federal. No entanto, a colaboração dele ainda precisa ser homologada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Lessa, ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, fez os disparos contra Marielle e Anderson. A delação do preso é vista como fundamental por investigadores para chegar aos nomes de possíveis mandantes dos assassinatos. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o caso terá um desfecho ainda neste primeiro trimestre de 2024.

Marielle foi morta a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, localizado na região central da capital fluminense. A vereadora, que saía de um evento com mulheres negras, foi morta com quatro disparos na cabeça. Anderson Gomes, motorista do carro que a transportava pela cidade, foi atingido por três projéteis nas costas e também morreu.

Ronnie Lessa, que está preso desde março de 2019, é apontado como o principal suspeito da autoria dos assassinatos. Segundo Élcio de Queiroz, que dirigia o carro com Ronnie Lessa e já fez delação à PF no ano passado, Lessa foi o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.

Pelas redes sociais, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) disse que o acordo de delação é a "peça que falta para solucionar o caso". "Já são 5 anos e 10 meses que queremos justiça por Marielle e Anderson. Que a delação de seu executor leve a polícia aos mandantes do crime", afirmou a parlamentar.

Fonte: Correio Braziliense.

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