terça-feira, 19 de setembro de 2023

Nacionalização equivocada

 

Foto: Antônio Cruz/ABr e Fabrice Cofrini/AFP

A disputa presidencial trouxe um grande acirramento entre as duas principais lideranças políticas do país, Lula, que conquistou o terceiro mandato, e Jair Bolsonaro, que foi o primeiro presidente a tentar e não obter a reeleição. A eleição propriamente dita foi extremamente apertada, com uma diferença de apenas dois milhões de votos a favor de Lula, cuja vantagem se deu exclusivamente pela elasticidade de sua votação no Nordeste, nas outras quatro regiões, Bolsonaro foi vitorioso.

Talvez contaminados pelo clima de acirramento que ainda existe no país, alguns postulantes ao cargo de prefeito têm apostado na nacionalização da disputa, porém nem Lula nem Bolsonaro estarão diretamente na eleição, serão importantes ativos eleitorais mas não necessariamente isso irão garantir um bom desempenho aos postulantes que usem seus respectivos nomes e imagens. A própria eleição para governadora em Pernambuco provou isso, quando duas mulheres foram ao segundo turno sem qualquer vinculação com a disputa nacional.

Por isso, os pré-candidatos a prefeito que apostam na nacionalização pura e simples sem apresentar um projeto para a cidade terão dificuldade de conquistar votos e poderão perder espaço para postulantes mais ao centro. Se por um lado a nacionalização pode não ter a influência esperada na disputa majoritária, para vereador, as chances de o eleitor procurar um candidato bolsonarista ou lulista aumentam substancialmente, devido à fragilidade da discussão sobre o processo eleitoral proporcional.

Vice – Nos bastidores a aposta é que a conjuntura nacional poderá fazer com que João Campos possa escolher um vice de sua irrestrita confiança para a reeleição em 2024. O escolhido será determinante para o próximo passo na sua vida pública, caso seja reeleito, pois se for alguém da sua cozinha, as chances de renúncia em abril de 2026 aumentam bastante para disputar o governo de Pernambuco.

Costuras – Apesar de o PT ter forte legitimidade política e eleitoral para reivindicar a vice, aliados de João avaliam que o socialista poderá articular concessões nacionais ao PT em capitais importantes e como contrapartida ter a liberdade para escolher um vice que não seja do partido.

Inovação – O prefeito Mano Medeiros teve uma grande iniciativa de abrir o debate com a população de Jaboatão para elaborar o novo Plano Diretor. Ele sabe que quem vive o dia dia da cidade pode contribuir muito nesse processo que vai preparar o município para o futuro.

Expectativa – O ex-candidato a governador Miguel Coelho tem forte expectativa para a entrada do seu grupo político na gestão de João Campos. Ele, que foi prefeito de Petrolina e fez uma gestão transformadora, será um importante aliado do socialista na capital pernambucana. O grupo indicou o deputado estadual Antônio Coelho, que será oficializado ainda esta semana na equipe de João.

Inocente quer saber – Quem será o nome indicado pelo PL para disputar a PCR em 2024?

Fonte: Blog do Edmar Lyra.

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