quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Equipe de médicos e técnicos da SES definem protocolo para coronavírus

 (Foto: Peu Ricardo/DP.)
Foto: Peu Ricardo/DP.

Seguindo orientações do Ministério da Saúde diante do surto de coronavírus, técnicos e especialistas em infectologia da Secretaria Estadual de Saúde se reuniram na manhã desta quinta-feira (30) para definir as ações de vigilância epidemiológica da doença. O coronavírus já provocou 170 mortes na China, onde há mais de 7,7 mil pessoas infectadas, e já atinge mais 17 países. Mesmo sem registro de casos suspeitos em Pernambuco, a pasta pretende montar estratégias para se antecipar às possíveis ocorrências e definir um protocolo nas unidades de referência.

"Não há, até o momento, nenhuma notificação de caso suspeito do coronavírus em Pernambuco. Esperamos que as ações desencadeadas pelo Ministério da Saúde possam barrar a entrada da doença no território nacional. Mesmo assim, estamos nos antecipando para manter a rede de saúde em alerta para, no caso de termos suspeitas, as ações sejam tomadas de imediato", comentou o secretário estadual de saúde, André Longo.

A suspeita de contaminação por coronavírus, de acordo com o Ministério da Saúde, se dá a partir dos seguintes sintomas: febre, tosse, dificuldade de respirar ou ainda caso o paciente tenha viajado para a China e tenha contato com casos suspeitos nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sinais. Diante desses casos, o paciente deve utilizar máscara cirúrgica e ser encaminhado para uma unidade de referência, onde deve ser colocado em isolamento. Em Pernambuco, estão listados como unidades de referência os hospitais Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, e Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro. Os casos suspeitos devem ser notificados em até 24 horas pelos profissionais de saúde através do telefone 0800.281.3041.

"Os serviços de saúde já estão habituados com a notificação imediata para diversas doenças de importância para a saúde pública. Nesse momento, nosso objetivo é que os profissionais fiquem atentos a um possível caso suspeito de coronavírus para que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde seja acionado em tempo oportuno e, com isso, possamos executar todas as medidas necessárias para prestar a devida assistência ao paciente e evitar casos secundários", completa o secretário.

Clique e confira a lista dos hospitais referências no Brasil para o novo coronavírus
.

O QUE SE SABE SOBRE O CORONAVÍRUS

O vírus
Conhecido desde meados da década de 60, o coronavírus é apenas uma cepa de uma grande família de vírus. Ele tem esse nome por causa de pequenos espinhos que possui na superfície, que lembram uma coroa. Ele ainda não possui um nome científico, mas foi apelidado pelos cientistas de 2019-nCoV.

Origem
Ainda não se sabe exatamente a origem do vírus. Ele foi identificado pela primeira vez durante uma investigação laboratorial de casos de pneumonia em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China. Desde então, milhares de casos foram confirmados.

Transmissão
Outras cepas da mesma família do coronavírus possuem a capacidade de contaminar tanto animais quanto humanos. A transmissão entre humanos se dá através do contato físico, pelo ar ou por secreções. Ainda não se sabe exatamente como acontece o contágio, mas sabe-se que o vírus é transmitido com facilidade.

Sintomas
Há registros de casos assintomáticos. Mas a maior parte dos casos apresenta infecções das vias aéreas superiores (semelhante ao resfriado). Em casos mais graves, pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Crianças, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves.

Tratamento
Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

Controle
Evite contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas. Lave frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar. Use lenço descartável para higiene nasal. Cubra nariz e boca ao espirrar ou tossir. Evite tocar nas mucosas dos olhos. Higienize as mãos após tossir ou espirrar. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Mantenha os ambientes bem ventilados. Evite contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações

Vacina
Como a doença é nova, não há vacina até o momento. Cientistas, universidades e centros de controle de doenças de vários países estão em busca de formas de neutralizar o vírus.


Fonte:Diario de PE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário