Segundo os cálculos da entidade com base na estimativa de receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o valor do piso no próximo ano será de R$ 2.886,15. Se confirmado, o percentual de crescimento será 9,57% acima da inflação de novembro de 2019, que é de 3,27%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O representante da CNM destacou ainda que, com esse reajuste previsto, o impacto poderá chegar a R$ 8,7 bilhões aos Municípios brasileiros. Ibiapina informou que o valor oficial do piso será divulgado pelo FNDE na próxima segunda-feira, 30 de dezembro – o prazo limite é 31 de dezembro. Ele reconheceu que é preciso rever a maneira como se faz o cálculo do reajuste, atualmente vinculado ao Fundeb. A possibilidade de desvincular a atualização do piso com os valores do Fundo é defendida pela CNM e discutida no governo e no Congresso, onde tramitam propostas que tratam do tema. Para a Confederação, outro critério, como a inflação, deve servir de parâmetro.
Sobre os motivos para o aumento, o coordenador do FNDE citou a queda no número de matrícula nos anos iniciais, principalmente na rede municipal, e o acréscimo nas receitas do Fundo. “Só de complementação da União serão R$ 800 milhões a mais. Teve também acréscimo de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e comunicação]. Mas sabemos que a questão [do reajuste] vai ficar insustentável, especialmente para os Municípios que não recebem complementação”, informou.
Por fim, o coordenador do FNDE reforçou que, por meio da presidência da autarquia, é possível levar as demandas e as preocupações dos gestores locais ao Ministério da Educação. “Toda informação e dado nos ajuda na discussão”, completou. Além de enviar as estimativas de impacto às contas municipais por Estado, a CNM vai continuar articulando, no Executivo e no Congresso Federal, para mudança dos critérios. “Para os Municípios, hoje é impensável o Fundeb retroceder, pelo contrário, tem que avançar. Mas não com essa vinculação ao piso, que onera demais a gestão municipal e não considera as diferenças regionais”, pontuou Alencar.
Por Amanda Maia
Foto: Amanda Maia/Ag. CNM
Fonte
: Agência CNM de Notícias.
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