O Tribunal Superior do Trabalho (TST) definiu, por unanimidade, nesta quinta-feira (27) o reajuste salarial de 6,5% para os empregados da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos (ECT), além da manutenção da cláusula do plano de saúde. O aumento é retroativo a 1º de agosto. Desta forma, os trabalhadores dos Correios retornam as atividades a partir da meia noite desta sexta-feira (28).
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), a ministra do TST, Katia Arruda, declarou como genérica a cláusula dos planos de saúde e como a empresa não havia especificado as alterações, não houve alteração. O TST também declarou que a greve dos empregados dos Correios não é abusiva.
Quanto aos dias parados, foi determinado que sejam compensados ou, caso haja recusa, descontados. Se o trabalho não for retomado nesta sexta, a multa fixada é de R$ 20 mil por dia.
De acordo com Hálisson Tenório, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), os trabalhadores não estavam numa luta econômica, mas pelos direitos. “Os trabalhadores saiu com o sentimento de vitória por não ter mudança no plano de saúde”, afirmou. O piso salarial dos funcionários da ECT, segundo Tenório, é de R$ 942 e passará para R$ 1001.
Os Correios, que tinham proposto reajuste de 5,2%, disse, por meio da assessoria, que o impacto anual com o reajuste de 6,5% é de R$ 602 milhões ao ano. A folha total é de R$ 8 bilhões por ano. Ainda de acordo com a assessoria, 90% dos 120 mil empregados trabalharam normalmente – 11.825 empregados aderiram à paralisação. A estimativa da empresa é normalizar a entrega com a realização de mutirão no próximo fim de semana (dias 29 e 30).
Fonte :Folha de PE.
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