Num primeiro momento, a intenção de Buarque é sentar com os coordenadores do projeto pernambucano para levantar todos os pontos sobre o futuro da Região Metropolitana, na Zona Oeste. Trata-se de um projeto com quase 130 mil metros quadrados de área construída e nove mil moradias. Assim, o aquecimento global estará em pauta. De acordo com Buarque, alguns bairros do Recife têm uma variação de até quatro graus. E a intenção é evitar isso no novo projeto em São Lourenço, cuja área da arena tem um visual rural.
"Estamos preocupados com a REDD (Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação), para evitar uma mudança no clima local. Não só do Recife, como das outras cidades-sedes, que já têm estádios. Todas as iniciativas locais contribuem para amenizar ou acelerar isso. Queremos permear essa discussão, já estendendo para a candidatura do Rio para os Jogos de 2016", disse o diretor, que participou do 19º encontro da Anamma, no Rio de Janeiro. "À frente da Anamma pretendo contribuir para o debate sobre o aquecimento global dos próximos anos".
Ele adiantou ainda que já foram apresentadas propostas para alterar a atual lesgliação federal, aumentando o rigor sobre a responsabilidade do licenciamento ambiental, tanto nos municípiosquanto nos estados e na própria União. "A Copa vai trazer impactos, que ficarão para além da Copa. Por isso, os projetos precisam condicionar as intervenções eco-eficientes", completou Mauro Buarque. No projeto, apenas a arena já estaria 100% liberada para a construção.
De fato, a sustentabilidade ambiental é um dos focos para a próxima Copa do Mundo. Um pré-requisito de primeira grandeza, segundo a Fifa. Coincidência ou não, Cuiabá (Pantanal) e Manaus (Amazonas) foram eleitas como cidades-sedes da segunda Copa do Mundo sediada no Brasil. O próprio coordenador do projeto para o Mundial, Zeca Brandão, já havia garantido a ideia de transformar a Cidade da Copa em um projeto piloto, em um trabalho em conjunto com a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), que prevê também o cuidado de não liberar esgoto primário no Rio Capibaribe.
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Fonte: Diario de Pernambuco
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