Em postagem pelas redes sociais, o presidente Lula (PT) disse que seu Governo se deparou com 14 mil obras paradas em todo o território nacional. Para retomar e priorizar as mais emergentes, anunciou a plataforma “Mãos à Obra”, para facilitar a identificação das mais importantes em diálogo com os Estados e Municípios.
“Na campanha, disse que o governo federal precisava trabalhar com os prefeitos, porque é na cidade que o povo sente os problemas do dia a dia. São mais de 14.000 obras paradas no Brasil. Com a retomada dos trabalhos, vamos gerar empregos e dar mais qualidade de vida e estrutura aos municípios”, escreveu o presidente em seu perfil no Twitter.
A plataforma é um sistema de monitoramento que permite aos Estados e municípios indicar, em um banco de dados, empreendimentos paralisados ou inacabados em suas localidades, e já está em operação desde sexta-feira passada. O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados em menos de 30 dias e indicará à União quais projetos devem ser retomados com mais urgência.
Prefeitos e governadores devem dar prioridades a projetos voltados à saúde, educação, ao esporte e à cultura. A lista também deverá conter unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida e projetos da Carteira do Ministério das Cidades. Lula devia, entretanto, no caso do Nordeste, priorizar a conclusão das obras da Transposição do Rio Francisco, parada em seu governo, retomada no de Dilma, que também a abandonou posteriormente e viabilizada nas gestões Temer e Bolsonaro.
Quando concluída na sua totalidade, o que inclui adutoras, como a do Agreste, em Pernambuco, a Transposição vai levar água a mais de 16,47 milhões de brasileiros, de 565 municípios de sete estados nordestinos. Além de levar águas às regiões que mais precisam, através da Transposição, o Rio São Francisco carece de programas de revitalização, preservação e recuperação de suas nascentes.
Prazo para relatório – Pela plataforma “Mãos à Obra”, os gestores municipais e estaduais terão até 10 de abril para atualizar as informações sobre todas as obras paradas em seus Estados e municípios. As demandas serão respondidas conforme a ordem de envio. A Casa Civil analisará o banco de dados. Com base nas orientações da Presidência da República, o órgão definirá quais obras devem ser retomadas de imediato. Diante de uma montanha de elefantes brancos, resta saber o que o Governo irá julgar prioritário para retomar, concluir e entregar à população.
A hora de PE se unir – Já que o Governo está tão disposto a retomar obras paradas, a bancada federal, os três senadores e a governadora Raquel Lyra deveriam ir ao presidente para dizer que, em Pernambuco, a prioridade a volta do eixo da Ferrovia Transnordestina, objeto já de vários encontros em Brasília da governadora com ministros, entre eles Renan Filho, dos Transportes, pasta responsável pelo projeto.
Intervenção palaciana – Virou uma bagunça a eleição, escolha e composição de 13 das 14 comissões temáticas da Assembleia Legislativa. Em nova tentativa, ontem, para escolha dos presidentes de algumas comissões importantes, como Educação, Saúde e Agricultura, não se avançou um milímetro, tudo porque o Governo Raquel está interferindo diretamente, não permitindo que deputados da oposição possam ter controle de sequer uma comissão. Pela primeira vez na história do parlamento estadual o Executivo manobra em eleição de comissões. Absurdo!
Mais um protesto – Auxiliares e técnicos de enfermagem realizaram, ontem, mais um protesto pelas ruas do Recife em defesa do pagamento do novo piso salarial. Integrantes das categorias saíram da Praça do Derby e seguiram pela Avenida Agamenon Magalhães, no sentido Recife/Olinda, segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU). Durante a manifestação, passaram na frente de hospitais privados que ficam na área central da cidade e gritaram palavras de ordem em favor do pagamento do salário a que têm direito.
Escola de Sargentos – A bancada federal de Pernambuco tem encontro hoje, às 16 horas, com o ministro da Defesa, José Múcio. Em pauta, a Escola de Sargentos no Estado, cujo protocolo foi assinado no governo passado. A nova unidade militar da Escola de Sargentos e Armas (ESA) está orçada em R$ 1 bilhão e será construída entre os municípios de Abreu e Lima, Araçoiaba e Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Quando estiver concluída, a escola irá centralizar a formação de sargentos de carreira de todos os estados do País. Convidada, a governadora Raquel Lyra (PSDB) não havia confirmado a sua presença até o fechamento desta coluna.
CURTAS
QUEM EMPREGA MAIS – Em 2022, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina encerraram o ano com uma taxa de desocupação abaixo de 4%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Enquanto isso, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Amapá continuam com taxas acima de 10%.
FORÇA DO AGRONEGÓCIO – Os números positivos do mercado de trabalho de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia podem ser explicados pelo bom desempenho do agronegócio. “De um modo geral, são Estados com um conjunto de atividades relacionadas ao agronegócio”, afirma Ezequiel Resende, coordenador da unidade de economia, estudos e pesquisa da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul.
Perguntar não ofende: Na visita que fará a Pernambuco no próximo dia 22, o presidente incluirá uma visita institucional à governadora Raquel Lyra?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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