Nacionalmente, o PSDB ainda faz as contas de quantos candidatos a governador contabilizará em 2022. Mas ponto pacífico é que o partido terá candidaturas no máximo de estados possíveis, em locais onde não haja aliança com outros parceiros. Pernambuco está entre as prioridades. No Estado, o nome cotado pelo tucanato para concorrer ao Palácio do Campo das Princesas é o da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. À coluna, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, realça o seguinte: "O partido considera com firmeza a alternativa da candidatura dela". Os dois têm tratado do assunto e Bruno não faz arrodeios. "Ela tem dito claramente, ao partido, que considera a candidatura, mas tem que avaliar as responsabilidades com o mandato de prefeita. A decisão vai ser tomada mais à frente", pondera ele. Mesmo governistas têm anotado que os movimentos da gestora no sentido de se colocar no páreo, antes mais discretos, agora.
parecem ganhar contornos mais nítidos.
No conjunto das Oposições que Raquel integra, figuram como alternativas ainda os prefeitos Anderson Ferreira (Jaboatão) e Miguel Coelho (Petrolina). Miguel, no entanto, ainda trabalha por um aval do MDB para que possa encabeçar uma chapa na disputa do ano que vem. Há bolsa de apostas dando conta de que ele pode atravessar para o DEM. Em meio à construção, ele também tem aberto diálogo com outras siglas, a exemplo do PDT, comandado em Pernambuco pelo deputado federal Wolney Queiroz, adversário de Raquel na Capital do Agreste. À coluna, Bruno Araújo já havia declarado que "a definição da candidatura em Pernambuco independe de quem será escolhido pelo PSDB como candidato à Presidência da República". Recentemente, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, um dos presidenciáveis tucanos, passou por Pernambuco e cumpriu compromissos com Raquel. No próximo sábado, quem chega ao Estado é o governador de São Paulo, João Doria, e a prefeita de Caruaru, mais uma vez, estará sob holofotes na agenda do presidenciável.
De volta para o futuro Tentativas em vão
Ainda em março, o presidente Jair Bolsonaro, após reunião com os presidentes do STF, do Senado, da Câmara, com o procuradorgeral da República, com governadores e ministros, anunciou a criação de um comitê de gestão da crise sanitária, que representaria um pacto nacional no sentido de minimizar conflitos entre o chefe do Planalto e governadores. De lá para cá, no entanto, a iniciativa não saiu do discurso.
Tentativas em vão > Ontem, os governadores resolveram insistir e fazer novo aceno ao chefe do Planalto, solicitando reunião com ele de forma a reduzir a tensão entre os poderes. A medida, dizem gestores e lideranças partidárias, é mais um "movimento de civilidade" no sentido de deixar o presidente "brigando só do outro lado". Tentativas anteriores de pacificação não foram raras e foram em vão.
Antes do dia 7 > Mas há ainda uma preocupação latente entre governadores com a forma como a polícia nos Estados pode agir no 7 de setembro. Há quem lembre, nessas conversas, do 29 de maio em Pernambuco, onde, em protesto pacífico contra o presidente Bolsonaro, a polícia reagiu de forma truculenta, deixando feridos e resultando em troca do comando da PM.
Fonte :Folha de PE.
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