Na Câmara Federal, o ceticismo tem dominado as conversas sobre as chances de o Senado acatar a volta das coligações. Para fechar a equação com a qual o presidente da Casa, Arthur Lira, trabalha, dizem interlocutores, o Podemos e o PT precisam manter acordos feitos. O detalhe é que, entre petistas, não há expectativa de que a posição adotada pelos deputados federais, de derrubar o distritão e resgatar as coligações, seja mantida pelos senadores da sigla. Em debates sobre o tema, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, já deixou claro que não teria como comprometer a bancada da Casa Alta com o que foi estabelecido pelos deputados federais. O senador Humberto Costa que, à coluna, já havia declarado não haver pressão que o fizesse mudar de ideia, agora, repisa o seguinte: "Eu ainda não encontrei um senador que dissesse que ia votar a favor de coligação e não estou falando do PT. Não vi nenhum de nenhum partido".
À coluna, ele prossegue: "A chance de isso passar no Senado é perto de zero. Melhor cada partido já ir pensando como vai ser virar". No rol das incertezas, também entra a questão da federação. Lideranças partidárias têm apontado chance de o tema ser judicializado, porque a matéria não foi aprovada por meio de PEC, diferente da volta das coligações. Parlamentares relatam que Arthur Lira teria agido para aprovar o mecanismo via PEC, mas os partidos que não aceitam esse sistema teriam jogado contra. Assim, as chances maiores, hoje, são de permanência das regras atuais.
Amor Antigo
Alvo de afagos do DEM, não só nacionalmente, mas também em articulações referentes a Pernambuco, o PDT mantém laços estreitos com o PSB no Estado. Ao assinar a ordem de serviço do primeiro Centro de Referência da Primeira Infância, batizado de Criar, o prefeito João Campos, o fez ao lado do presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, na última quinta-feira.
Digital > O equipamento tem orçamento de R$ 1,5 milhão e 100% dos recursos foram conseguidos por Wolney Queiroz. João Campos não só chamou o dirigente pedetista para assinar a ordem de serviço, como realçou, na solenidade, o mérito do parlamentar em garantir o montante para que a ideia saísse do papel.
Resta 1 > Nas hostes governistas, já se falava que uma meta na Frente Popular era desidratar a Oposição e, para isso, seria necessário atrair algum dos grupos desse conjunto, fossem os Ferreira ou os Coelho. Agora, que Miguel Coelho anunciou travessia para o DEM com projeto atrelado de concorrer ao Governo do Estado, circula, nos bastidores, entre lideranças da base, que trazer Anderson Ferreira ainda está nos planos.
Liga > Explanação do deputado federal Raul Henry na reunião da bancada de Pernambuco com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foi muito elogiada pelos colegas presentes e teve concordância do auxiliar do presidente Jair Bolsonaro. O emedebista alegou que nenhum País do mundo alcançou desenvolvimento regional sem investimento público, porque só se investe onde há mercado consumidor, Infraestrutura, capital humano e cadeia de fornecedor.
Filé > Raul Henry defendeu que o mercado só vai para o "filé", citando caso da Alemanha Oriental. A pauta era o ramal de Pernambuco da Transnordestina, que deve acabar só indo até Pecém, no Ceará, mas Tarcísio apresentou solução para que trecho pernambucano saia, via outra empresa que não a CSN.
Fonte :Folha de PE.
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