quinta-feira, 11 de março de 2021

A obra hídrica de Bolsonaro

 

Sem tanta identidade com o Nordeste, o presidente Bolsonaro entregou o programa hídrico do seu Governo a um nordestino do Rio Grande do Norte, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Não se sabe de onde ele está tirando a dinheirama, mas o fato é que conseguiu dar, em apenas dois anos, um salto de qualidade na chamada segurança hídrica da região, ampliando a capacidade de armazenamento e abastecimento dos nove Estados.

Em entrevista exclusiva ao Frente a Frente de ontem, o ministro disse que o Governo executa, no momento, mais de quatro mil obras hídricas, entre canais da Transposição que estavam parados, adutoras em parcerias com os governos estaduais, barragens, açudes, enfim, projetos que se fossem tocados por um Governo que tivesse uma melhor comunicação com a sociedade estariam dando uma forte contribuição para melhorar a imagem do Governo e do presidente nos nove Estados nordestinos.

“O que não tem faltado da parte do presidente é disposição política e coragem para dar ao nordestino melhores condições para conviver com a seca, esse problema secular”, disse Marinho. Para ele, esses investimentos vultosos revelam que o Governo tem compromisso com o Nordeste. “Estamos concluindo obras que vinham se arrastando há 31 anos”, assinalou, adiantando que o maior êxito do Governo é concluir o projeto da Transposição das Águas do Rio Francisco.

Segundo ele, a Transposição já se arrasta há 16 anos, sofreu as mais diversas paralisações, não apenas por questões de engenharia e de entraves ambientais, mas também por denúncias de corrupção. “Quando o presidente assumiu ele nos deu a missão e todas as condições políticas e financeiras para destravar o projeto e concluir, o que já estaremos fazendo no final deste ano”, disse.

Por isso mesmo, Marinho acha que o presidente Bolsonaro vai entrar para a história como um bem feitor do Nordeste, governante preocupado em matar a sede de quem tem sede. “Bolsonaro é o grande patrono da Transposição”, disse o ministro, para completar: “Se não foi o pai é o grande padrinho, porque teve o compromisso e a responsabilidade de retomar as obras em todos os trechos que foram paralisados pelos governos anteriores”, destacou.

No Castanhão – Na entrevista, o ministro comemorou também a chegada das águas da Transposição do São Francisco ao reservatório Castanhão, em Fortaleza. “Não há alegria maior para o nordestino do que água doce para matar a sede e permitir a vida. A chegada da água ao Castanhão é a realização de um sonho e resgate de um compromisso do Estado brasileiro com o Nordeste. É segurança hídrica para a região metropolitana de Fortaleza, afastando, de uma vez por todas, qualquer ameaça de falta de água”, disse. Para ele, a ação do Governo acaba com uma situação precária que se arrastou por centenas de anos fragilizando a região.

A bomba do dia – Caíram como uma bomba na política e na sociedade pernambucana, ontem, as revelações exclusivas a este blog da ex-mulher do senador Sérgio Guerra, Geórgia Tomaz, sobre o processo que move contra a empresária Neném Brennand, que se nega a fazer a partilha dos bens com Sérgio Filho, o Serginho, caçula dele com ela, com quem teve uma relação de 12 anos reconhecida em cartório. “Elisa e Helena, filhas de Neném com Sérgio, compraram uma rede de franquias chamada Kid+Ride. Como justifica enriquecimento dos filhos mais velhos? Muito estranho a Justiça não observar o que estão fazendo com uma criança inocente e que é irmão, herdeiro legítimo. Meu filho nem tem direto de usufruir a pensão integral", revelou.

De máscara – O presidente Jair Bolsonaro e todos os integrantes do governo usaram máscaras durante um evento ontem organizado no Palácio do Planalto para sancionar medidas que ampliam a capacidade de aquisição de vacinas contra a covid-19. A aparição, considerada incomum, tendo em vista que nos últimos eventos poucos políticos do alto escalão têm usado o equipamento, aconteceu horas depois da declaração feita a jornalistas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista usou máscara, criticou a gestão da pandemia e o presidente Jair Bolsonaro.

Desabafo – O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil está fazendo a sua parte ao adquirir imunizantes contra a covid-19 e disse que o governo federal foi e é “incansável na luta contra a pandemia”. Em rara aparição de máscara no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo deu a declaração em evento organizado para sancionar medidas que ampliam a capacidade de aquisição de vacinas. “O Brasil está fazendo a sua parte. O governo federal tem mostrado o seu trabalho. Até o final do ano, teremos mais de 400 milhões de doses disponíveis aos brasileiros”, disse.

Ataque a Lula – O presidente Bolsonaro diz que o ex-presidente Lula iniciou sua campanha presidencial para 2022, mas destacou que o petista comemora cedo demais a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ter anulado condenações contra ele, porque a medida ainda deve ser submetida ao plenário da Corte. Em entrevista a jornalistas, Bolsonaro disse que a campanha de Lula é baseada em "criticar, mentir e desinformar". O presidente mencionou o fato de o ex-presidente não ter apontado casos de corrupção no Ministério da Economia, ao contrário do que ocorreria no governo dele próprio, que seria "baseado na corrupção", segundo Bolsonaro.

CURTAS

COMISSÕES – Foram definidos, ontem, os presidentes de 10 comissões temáticas da Câmara dos Deputados. As votações contaram com chapas únicas, conforme definido na véspera entre os líderes partidários, que combinaram quais legendas comandariam cada uma das 25 comissões. Também por decisão dos líderes da Casa, as comissões irão realizar a votação para vice-presidência de forma separada, em outra sessão. Foram definidos os comandos de 10 comissões. Outros 15 colegiados devem realizar as votações hoje.

CARTA – Governadores de 21 unidades da Federação assinaram, ontem, carta conjunta na qual firmam um pacto nacional para o combate à pandemia. No texto, defendem ampliar a vacinação contra a covid-19 e manifestam apoio a medidas restritivas. Também se comprometem a atuar pela manutenção e ampliação da rede de leitos no sistema de saúde.

Perguntar não ofende: Paulo Câmara está escondendo ou com medo de decretar o lockdown?

Fonte: Blog do Magno Martins.


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