O ex-prefeito de Petrolina e ex-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, que recentemente aproximou-se do prefeito do Recife, João Campos, indicando o deputado estadual Antônio Coelho como secretário de Turismo, fez uma avaliação sobre o cenário político do estado e mais precisamente das eleições municipais do próximo ano.
No segundo turno da disputa pelo governo de Pernambuco, Miguel foi o único candidato a posicionar-se a favor de uma das duas finalistas declarando voto na governadora Raquel Lyra, porém o apoio não recebeu reciprocidade da tucana e o ex-prefeito de Petrolina acabou migrando para a oposição ao seu governo.
A aliança com João Campos, um reencontro da dobradinha vitoriosa de Fernando Bezerra Coelho e Eduardo Campos em 2006, reaproximou Miguel do PSB, partido por onde elegeu-se deputado estadual em 2014 e prefeito de Petrolina em 2016, traz perspectivas para o futuro, onde o próprio Miguel poderá ser candidato majoritário em 2026.
Miguel disse acreditar no volume de entregas da gestão de João Campos e apostou que o socialista tem todas as condições de ser reeleito em 2024. O ex-candidato a governador também apostou na reciprocidade do apoio do PSB em Petrolina no projeto de reeleição do prefeito Simão Durando, dizendo acreditar que PSB e União Brasil caminharão juntos tanto na capital quanto na cidade sertaneja.
O líder petrolinense afirmou que irá intensificar as suas andanças por todo o estado para ajudar a eleger prefeitos aliados do litoral ao sertão. E sobre 2026, apesar de não antecipar seus movimentos, sinalizou que poderá integrar novamente uma disputa majoritária atuando no campo político da Frente Popular.
Fiador – Miguel disse que um dos principais fiadores do seu entendimento com João Campos foi o hoje ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que foi fundamental para fazer a ponte entre o prefeito do Recife e Miguel e transformar essa aliança em um projeto sólido para as próximas eleições tanto municipais quanto estaduais.
Acordo – A Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido de homologação dos primeiros três acordos de não persecução penal firmados com réus que respondem por incitação no caso dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Os réus confessam os crimes cometidos e concordam em pagar multas de R$ 50 mil, em um caso, e de R$ 5 mil em dois. Também se comprometem a cumprir obrigações como prestação de 300 horas serviços à comunidade.
Planalto – Ao analisar mais uma ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que a concessão de entrevistas coletivas nas dependências do Palácio do Planalto não configurou abuso do poder político. A decisão foi dada por maioria. A ação ainda apontava que Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada diversos artistas sertanejos para realizar propaganda em favor de sua campanha. “Levando em consideração a magnitude do pleito presidencial e a característica episódica dos fatos que restaram efetivamente provados, concluo pela não configuração do abuso de poder político”, disse o relator, ministro Benedito Gonçalves.
Inocente quer saber – Qual será o papel de Miguel Coelho nas eleições de 2024?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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