Sigla acionou a Justiça Eleitoral para garantir a Erivam Bombeiro a vaga em aberto na Câmara de Petrolina. Legenda acusa ex-secretária estadual de Justiça e Direitos Humanos de infidelidade partidária
A executiva estadual do PSOL em Pernambuco subiu o tom e endureceu as críticas contra a ex-secretária de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha Mota (PSDB), que, na última semana, renunciou ao cargo com a intenção de assumir a vaga de Júnior do Gás (Avante) na Câmara Municipal de Petrolina.
Lucinha concorreu ao Legislativo nas eleições de 2020 e acabou na segunda suplência, o que, em tese, lhe garantiria o mandato após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que cassou a chapa do Avante por fraude à cota de gênero. No entanto, por ter deixado os quadros do PSOL para ingressar no PSDB, a sigla socialista passou a defender a tese de que o mandato pertence ao partido e ingressou com uma ação na Justiça Eleitoral.
A nota do PSol, assinada Rafah Ramos e Isabel Macêdo, afirma que “o poder não corrompe, porém revela as pessoas”, e acusa Lucinha Mota de “incoerência” por ter disputado as eleições por uma sigla situada no campo da esquerda e, após o pleito, ter migrado para o PSDB, legenda historicamente ligada a setores de centro-direita e com viés neoliberal.
Em seguida, os militantes do PSOL criticaram o desempenho da agora ex-secretária estadual à frente de uma pasta sensível, responsável por articular políticas públicas voltadas à garantia dos direitos humanos. “Estando 10 meses à frente da pasta, não conseguiu nenhum feito que fosse atribuído a uma gestão minimamente comprometida com a população, com a justiça e, principalmente, com os direitos humanos. Não há sequer um feito que lhe atribua mérito ou visibilidade em relação à pasta ocupada.”
Ao defender o direito de Erivanildo Amâncio (PSOL), popularmente conhecido como Erivam Bombeiro, de assumir o mandato na Câmara de Petrolina, o partido socialista reafirmou que irá dar continuidade à ação na Justiça Eleitoral contra Lucinha Mota sob o argumento de infidelidade partidária, tendo em vista que, hoje, a ex-secretária se encontra na condição de suplente do PSDB e não do PSOL.
“Todos os cidadãos que acompanham os fatos passados e recentes estão perplexos com o golpe dado por ela. A atitude que as pessoas esperam de Lucinha Mota é de que renuncie ao mandato a um cargo que legitimamente não lhe pertence”, encerra o PSOL na nota divulgada ontem (26) à imprensa.
Fonte: FalaPE.
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