A governadora também não conseguiu aprovar sua indicação para o posto de conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) (foto: Rafael Vieira/DP) |
Perto de completar 11 meses de gestão, a governadora Raquel Lyra (PSDB) ainda necessita afinar o relacionamento com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Depois de sofrer duas recentes derrotas na Casa de Joaquim Nabuco, que demonstraram um aparente desgaste, a expectativa é saber como se dará a articulação e a discussão em torno das pautas mais duras que o governo precisa aprovar até o fim do mandato.
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Nas próximas semanas os parlamentares devem começar a se debruçar sobre as duas principais matérias orçamentárias do Estado: o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). E a pergunta que circula nos bastidores do legislativo estadual é se a tucana vai iniciar uma interlocução mais sistemática e com negociações mais robustas.
O líder de governo, Izaías Régis (PSDB), disse esperar tranquilidade nas votações da LOA e PPA, pois já há conversas para distensionar o clima. “E eu, como líder do governo, estou fazendo meu papel de convencer meus colegas de que temos um projeto para Pernambuco, que não é nenhum projeto individual. A questão da votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) já passou e a gente está conversando”, disse.
Tradicionalmente o primeiro ano de mandato de um governador é de “lua de mel”, quando os políticos dão uma espécie de crédito ao gestor. É um tempo em que são criadas gorduras a serem queimadas em pautas duras e impopulares.
Mas, ao que parece, o cartucho tem sido queimado precocemente, tendo culminado na decisão unânime de derrubar os vetos da governadora em relação às emendas feitas à LDO. A outra relevante derrota sofrida foi quando tucana não conseguiu aprovar sua indicação para o posto de conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE).
A líder da oposição, Dani Portela (Psol), afirmou que passado o período da posse, momento em que a governadora fez um gesto e convidou os legisladores e até prefeitos para conversas, o que seguiu foram supostas tentativas de interferência no funcionamento da Alepe, como na eleição da mesa diretora e na montagem das comissões. Apesar disso, e em um voto de confiança, os deputados aprovaram com urgência os pedidos de empréstimos e créditos suplementares e o aumento da alíquota do ICMS, esta uma medida impopular.
“Uma semana depois os deputados foram surpreendidos com os vetos da LDO cerca de 15 minutos antes de se encerrar o prazo. Não foi dado sequer um telefonema ao presidente da Casa nem houve diálogo com o líder do governo. E toda vez que tem projeto a discussão vem muito no dia ou no anterior, não tem antecedência”, disse.
Fonte: Diário
de PE.
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