ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO
Apesar da energia gasta pela governadora Raquel Lyra (PSDB) no sentido de apresentar as agendas positivas da sua gestão, os episódios relacionados às baixas no seu secretariado acabaram ofuscando qualquer esforço neste sentido. Entre os dias 20 de julho e 30 de agosto, em um espaço de apenas 43 dias, o seu secretariado contabilizou 5 baixas. Figuras como Silvério Pessoa (Cultura); Regina Pessoa (Mulher); Aloísio Ferraz (Desenvolvimento Agrário); Evandro Avelar (Infraestutura e Mobilidade); e mais recentemente Carla Patrícia (Defesa Social), foram substituídas. O que se sabe até então é que nenhum dos casos está relacionado à malversação dos recursos públicos, no entanto, em três deles, a exoneração aconteceu ‘a pedido’, o que acaba passando uma manifestação de desconfiança em relação ao Governo. Mudanças no secretariado não é algo incomum de ser ver, no entanto, o que está acontecendo com o governo Raquel Lyra merece um destaque não apenas pelo curto período em que estas alterações estão ocorrendo, mas, sobretudo, a natureza delas e eu explico o porquê.
Publicidade
Seja ‘a pedido’ ou por puro desejo e vontade da governadora, a mudança no secretariado acaba constrangendo o Governo. Não custa lembrar que Raquel Lyra optou por escolher um secretariado ‘técnico’ e é aí onde está o problema. Se o técnico escolhe sair, ele acaba passando a imagem de frustração com o governo, já se o técnico é demitido, transmite o sinal de que a governadora errou na escolha. E tudo isto, vale o registro, está ocorrendo em apenas oito meses de governo. A aposta da governadora Raquel Lyra de preterir à classe política para dar lugar aos ‘técnicos’ de forma majoritária em seu primeiro escalão apresenta um custo muito alto.
NA CORDA BAMBA – Entre deputados estaduais corre a notícia de que a secretária Ivaneide Dantas (Educação) e o secretário Almir Cirilo (Recursos Hídricos e Saneamento) podem ser as próximas baixas no primeiro escalão.
UM OLHO NO PADRE, OUTRO NA MISSA – Tão logo termine a agenda deste final de semana em Petrolina, Ouricuri e Salgueiro, onde inicia a segunda etapa do Ouvir para Mudar, processo participativo de construção do Plano Plurianual (PPA/2024-2027), a governadora Raquel Lyra deve se reunir com deputados estaduais da base para tratar sobre a LDO. Nesta semana o Governo sofreu uma derrota na Comissão de Finanças, onde alguns parlamentares acabaram incluindo emendas contrárias à vontade do Palácio do Campo das Princesas.
UM PÉ LÁ E OUTRO CÁ – Em meio ao acirramento político entre a governadora Raquel Lyra e o prefeito recifense João Campos ao menos dois partidos fingem que não está acontecendo nada. MDB e União Brasil andam com espaços tanto no Governo do Estado quanto na Prefeitura do Recife. A corda está esticando e vai chegar a hora de escolher um lado.
ALTERNATIVA – Lideranças que compõem o grupo de oposição ao prefeito limoeirense Orlando Jorge andam simpáticas a uma possível candidatura do deputado estadual Henrique Queiroz Filho (PP) à Prefeitura. Em 2022 Henrique Filho obteve 3.996 votos em Limoeiro, ficando na segunda colocação no município para deputado estadual. Cléber Chaparral (União Brasil), o terceiro mais votado com 2.670 votos, afirmou ao Blog que não existe problema algum em apoiar a candidatura do colega de ALEPE.
A TODO VAPOR – O prefeito de Afogados da Ingazeira, Sandrinho Palmeira (PSB), tem cumprido à risca a promessa que fez no início do ano. O gestor afogadense, que tem inaugurado ao menos uma obra por semana, prometeu seguir com este ritmo até o final do ano.
ALAVANCA NO CANTO – Dos candidatos a prefeito que o MDB vai lançar em 2024 boa parte será pelas mãos da deputada federal Iza Arruda (MDB). A parlamentar anda estimulando uma série de candidaturas nas mais diversas regiões do estado.
ALGUÉM RESPONDE – A governadora deve abrir espaço para a classe política no seu secretariado?
Fonte:Blog Ponto de Vista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário